Rosane Gruber mora em Rio Negrinho, tem 51 anos e é uma figura bastante popular e querida em Rio Negrinho. Casada com Waldemiro Gruber (mais conhecido como o “Gruba” da Lampe) e mãe de Jonathan Prado, ela não imaginava que sua vida daria uma “incrível virada” na noite desta segunda-feira (03). Afinal, foi por milagre que sobreviveu a um acidente de trem, ocorrido no trecho da linha férrea que passa por Rio Negrinho. Ela dirigia seu Celta, de cor vermelha e placas AWP 0926, de Rio Negrinho, quando aquele que era “mais um dia que voltava para casa” mudou bruscamente toda sua vida daqui em diante. Na manhã de hoje ela conversou com a reportagem do Nossas Notícias no quarto “Frajola”, na Fundação Hospitalar de Rio Negrinho,onde está internada. Preparando-se para uma cirurgia marcada para às 17h de hoje, Rosane desabafou sobre o momento que está vivendo,fez agradecimentos e um pedido especial. Confira abaixo!
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Sobre como aconteceu o acidente- “Eu que cortei a frente do trem e ele me pegou bem na frente do carro. Se ele pegasse mais no meio acho que eu tinha morrido mesmo”.
- “Na hora que sofri o acidente a impressão era como se fossem três pacotes de pipoca explodindo numa panela de pressão, arrebentando tudo. O carro virou um peão…”.
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Abriu a porta do carro mas desistiu- ” Abri a porta do carro, mas deu tempo de eu pensar que eu não podia me jogar. Dai consegui fechar a porta do carro de volta. Foi então que o carro começou a rodopiar de vez! Rodopiava, rodopiava, rodopiava sem parar”.
- “A partir daí o trem começou a esmagar as minhas pernas. Veio todas aquelas ferragens esmagando as minhas pernas, a dor era terrível!”.
- “Só me agarrei no volante bem firme e pedi a Deus que se fosse para me levar que me levasse bem rápido porque eu não queria sentir a dor de ter minha cabeça esmagada. Também irei a Deus, pedindo que o trem parasse logo se fosse para eu não morrer. E o trem foi parando…Foi muito triste”…
- “No momento do acidente apareceu uma moça. Não vi o rosto dela mas gostaria muito que ela viesse vir me ver. Mas já agradeço muito! Ela foi a primeira pessoa que me ajudou no local do acidente”.
- “Eu gritava muito, pedindo para ela não me deixar sozinha. Me deu um pouquinho só de água,disse que não podia me dar muita água em virtude da situação que eu estava. Pedi para ela ligar para o meu marido, ela foi. Depois não vi mais ela”.
- “Depois chegaram os bombeiros. Eles foram muito atenciosos, prestativos. Tenho tudo a agradecer a eles, do tenente até os demais. Eles tiveram uma paciência enorme! Foram admiráveis, fora de série! Pessoas de uma educação que só se tem a elogiar. Não deixaram eu me sentir só, ficavam o tempo todo conversando comigo”.
- “Os bombeiros foram muito, muito cuidadosos porque tinham que ver a posição das minhas pernas para não encostar com as tesouras na hora de me remover”.
- “Tinha uma moça, também dos bombeiros, que ficava o tempo todo me protegendo e me ajudando. Agradeço a disponibilidade de todos eles bem como dos policiais, dos amigos, de todas as pessoas que estavam em volta. Dizem que tinha muita gente”.
- “Todo tempo tenho recebido muitas mensagens no Facebook, WhatsApp, no Messenger … Não venço responder”.
- “Até o maquinista do trem veio aqui no hospital. Conversou com meu marido, mas ele não chegou a me ver quando me bateu”.
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Sobre estar cara a cara com a morte- ” É a sensação de um filme de terror, não desejo para ninguém. Nasci de volta, foi um milagre! De sangue só perdi de parte do meu dedinho”.
- “Desloquei a perna direita, a parte da bacia deslocou. E quebrei a perna esquerda em dois lugares. Hoje a tarde tenho cirurgia com o doutor Julian”.
- “Em primeiro lugar a Deus. Cem por cento Deus na minha vida!”.
- ” Tenho tudo a agradecer aos médicos e toda equipe da Fundação Hospitalar de Rio Negrinho. Doutor Julian, doutor Marquinhos, doutor Luiz,…Todos os enfermeiros me apoiando muito. Também ao Maurício do Raio X, que foi muito prestativo. Ao Claudeni, ao Pablo, às enfermeiras… As meninas estão sendo muito queridas comigo! Não consigo citar o nome de todos mas todos estão de parabéns”.
- “Muito obrigada a todos que lembraram de mim! Agradeço pelas orações! Tem muitos amigos orando: os evangélicos; os católicos que estão fazendo missas …Só tenho a agradecer! Obrigada a todos os que estão preocupados comigo”.
- “Quero ir para a minha casa! Agradecer a Deus quando eu estiver entrando na minha casa, afinal é o meu lar, tenho que agradecer quando estiver entrando. Moro numa chácara, tenho meus animais,… Quero só refletir e viver momentos de paz; paz mesmo”.
- “Faz algum tempo que não estava mais trabalhando na Funerária São Gabriel. Na verdade eu estava indo trabalhar em outra empresa mas agora não quero trabalhar. Vou dar um tempo para a vida!”.
- “Foi uma lição de vida! A prova que Deus existe e os anjos da guarda também! Eu carregava a imagem de um anjo da guarda no espelho do meu carro e ele foi parar fora, no trem. Ficou pendurado num vagão e um senhor chegou no outro dia, de manhã cedo na estação, viu ele penduradinho ali”.