RIO NEGRINHO. A noite de sábado (06) foi um momento muito especial vivido pelo público de cerca de 80 pessoas que participar do encontro promovido pela Igreja Cristã Vida no Altar (rua Alfredo Greipel, no bairro Vila Nova) em parceria com o projeto Imersão Go Deeper.
Na programação o público pode conferir a palestra intitulada “Espelho, espelho meu: que mulher sou eu?”, proferida por Janaína Flauzino.
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Moradora de Curitiba (PR), ela trabalha em um projeto que atende vítimas de abuso sexual e emocionando o público, contou sua própria trajetória, destacando que é possível superar um trauma como esse e alcançar a realização plena.
A palestrante relatou que sempre foi excessivamente perfeccionista – com relação a aparência, a casa, ao trabalho – e exigente também com as pessoas.
“Era algo bem exagerado mesmo. Para se ter uma ideia, em vinte anos meu marido nunca tinha me visto sem esmalte na unha. Fora os outros vários problemas que criei por motivos fúteis com as pessoas com quem eu convivia”, disse.
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Porém, mesmo com boa situação financeira e no auge da beleza e da carreira profissional, Janaína disse que não era feliz.
“Eu criei um personagem perfeito. Era isso que eu era. Mas por dentro sentia muita dor, o tempo todo”.
E em meio a tantos dramas,mais um surgiu. E foi este que desencadeou em Janaína uma explicação para o que a incomodava.
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“Fui diagnosticada com fibromialgia e nenhum tratamento fazia efeito. Foi quando comecei a me confrontar com a criança que eu havia sido e encontrei a causa dos meus problemas e dos problemas que eu acabava causando em outras pessoas”.
Ela então, relembrou e enfrentou sérios fatores que a influenciavam desde quando tinha 3 anos e foi abusada por um amigo da família.
“Ele fez com que mesmo criança eu me sentisse culpada por aquela violência. Fora isso,apesar de minha família viver uma situação financeira muito boa, meus pais brigavam muito e minha mãe uma vez chegou a me ‘avisar’ que iria se matar. Não os culpo de forma alguma, mas tudo isso conduziu minha vida por vários anos”.
Janaína disse que frequentou várias terapias por muitos anos e entende que todas são válidas. Mas segundo ela, foi a fé em Cristo que a ajudou a superar todos os entraves com os quais convivia até então.
“Eu já tinha uma vivência evangélica cristã e fui em busca dessa cura de Deus”.
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O processo, conforme declarou, envolveu a reformulação na convivência com o filho e o marido, incluindo pedidos de perdão e a definição de um conjunto de novas regras para o dia a dia além de uma nova postura e visão sobre si mesma e sobre os outros.
“Não existe mudança sem disciplina, se recuperar de uma violência sexual e da referência de relações conturbadas é um processo que exige vários passos. Mas garanto: é possível!”.
Para que haja uma mudança, conforme Janaína é preciso coragem e também identificar alguns comportamentos que podem indicar os tipos de violência sofrido por ela como por exemplo a agressividade,compulsão por comida, compulsão por sexo, baixa estima ou auto estima extremamente elevada.
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A experiência de quem superou esses traumas é a base para os atendimentos que realiza hoje, basicamente voltado à mulheres.
“Vejo muitas mulheres de 30, 40, 50 anos, que agem ainda como aquelas crianças que foram violentadas aos 5, 8, 10 anos. Vivem principalmente com o peso de uma culpa que não tem nem nunca tiveram. E essa culpa se expressa através de vários sinais, inclusive há casos em que a pessoa vive uma série de dificuldades financeiras, relacionamentos que não dão certo e vários outros desequilíbrios”.
Finalizando, Janaína convidou as pessoas que se sentiram tocadas com sua fala e que se identificaram alguma situação ou comportamento citados a fazer uma grande oração, se abrindo ao poder e a cura de Cristo.
A Igreja Cristã Vida no Altar realiza encontros abertos a comunidade todos os domingos a partir das 19h. Mais informações sobre a instituição ou mesmo sobre trabalho e atendimentos de Janaína e do projeto Go Deeper podem ser obtidas pelos fones (47) 9. 91050006 (Leandro) ou pelo (47) 9.99003311 (Mara).]]>