RIO NEGRINHO. A faixa elevada instalada em frente ao Posto da Polícia Rodoviária Federal na BR-280, no bairro São Pedro, está dando o que falar. Assista no nosso Facebook ou no nosso Instagram o vídeo de como ficou o local.
Seguidores entraram em contato com o Nossas Notícias para questionar tanto a legalidade, quanto a necessidade da instalação do redutor naquele local, apontando que existem outros trechos mais críticos ao longo do perímetro urbano da rodovia federal, inclusive no próprio São Pedro.
“A gente briga tanto por uma lombada elevada no trevo do São Pedro, mas daí dizem não pode fazer no perímetro urbano. Mas como fazem ali?”, indagaram membros da Associação de Moradores do bairro.
“É um absurdo, eles tem a lei, mas queremos entender se tem regulamentação para aquela instalação e porque o DNIT (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes) não autoriza fazer faixa de pedestre elevada no São Pedro”, completam, referindo-se ao fato de que um redutor no trevo de acesso ao bairro seria prioritário.
Ainda de acordo com os representantes dos moradores, as pessoas da região estão revoltadas, em especial as que necessitam passar pelo local várias vezes ao dia.
Segundo eles, são muitas as reclamações, levando em conta também que o perímetro urbano da BR-280 já é bastante travado.
“Agora com mais essa no final da tarde e horários de pico não tem como andar”, disparam.
Procurando mais informações sobre a medida, a reportagem do Nossas Notícias entrou em contato com a assessoria de imprensa da PRF e também com a assessoria do DNIT.
A instalação da faixa elevada em frente à Unidade Operacional de Rio Negrinho foi uma solicitação da PRF ao DNIT, segundo informou a assessoria da Polícia Rodoviária.
“Muitos motoristas passavam em alta velocidade pelo local, trazendo riscos à segurança tanto dos policiais quanto das pessoas que vão à unidade em busca de serviços. A faixa elevada foi considerada uma alternativa melhor para reduzir a velocidade do que a instalação de um radar”, diz nota enviada pelo órgão para nossa reportagem.
Já com “relação às especificações técnicas do redutor de velocidade, este questionamento deve ser encaminhado ao DNIT, órgão responsável por obras de engenharia em rodovias federais”, diz ainda trecho do material enviado pela assessoria da PRF.
A assessoria de comunicação do DNIT informou na sexta-feira (08) que está preparando uma resposta, que será divulgada após manifestação dos profissionais da área técnica do departamento.
Na sessão da Câmara desta segunda-feira (11), os vereadores aprovaram um requerimento proposto pelos vereadores Arlindo Andre da Cruz; Cássio Alves e Nilson Sebastião Barbosa.
Eles pediram ao DNIT várias informações sobre a construção da faixa, como por exemplo, o
embasamento legal para sua construção e se a faixa está adequada com as regras estabelecidas pelos órgãos de trânsito nacionais. Também foi solicitado que seja demonstrado, através dos estudos de engenharia, em função da velocidade e composição do tráfego, a
justificativa da inclinação escolhida; se na área da calçada e meio fio existe sinalização com piso tátil, de acordo com a norma ABNT NBR 9050 e outros detalhes.
Outros questionamentos
Outro questionamento apontado pelos membros da associação, é sobre o fato de que em outros trechos da BR na cidade existem redutores, como o da ilha de proteção nas proximidades da Escola Jorge Zipperer, no bairro Vila Nova e a lombada eletrônica próxima a antiga Móveis Irani.
“Porque não pode faixa de pedestres do São Pedro?”, perguntam.
“Aqui no trevo o índice de acidentes é bem alto e existe grande fluxo de crianças, mas eles alegam que não é permitido fazer. Só tem uma faixa de pedestres que dá num barranco, o trevo está errado e o risco é alto de acidentes”, comentam.
“A meu ver, esta faixa em frente ao posto da PRF está toda fora dos padrões máximos admitido pela lei. O que se vê ali são carros enroscados, caminhões enroscando para-choque traseiro…. Uma loucura!”, comentou outro seguidor sobre a nova medida na BR.