Conforme noticiado aqui no Nossas Notícias, a Polícia Civil de Rio Negrinho indiciou um pastor evangélico da cidade por falas homofóbicas nas redes sociais em publicações relativas ao trabalho com temática LGBTQIA+ realizado com alunos do 9° ano da Escola Henrique Liebl.
De acordo com a declaração do delegado Rubens Passos de Freitas, o Ministério Público solicitou que a Polícia Civil apurasse a conduta de dois pastores que fizeram várias manifestações críticas com relação ao trabalho, cuja polêmica se tornou destaque em vários veículos de comunicação do Brasil. Um dos pastores foi David Taborda, que não chegou a ser indiciado pela polícia.
“O resultado do inquérito, no qual não fui indiciado, comprova que em nenhum momento minhas falas foram preconceituosas ou homofóbicas”, comentou David com a reportagem do Nossas Notícias na tarde de hoje.
Ele lembrou que foi o primeiro pastor a postar nas redes sociais um vídeo questionando o tema da atividade com os adolescentes.
“Eu só expressei meu posicionamento. Não fiz nenhuma fala de ódio, como tentaram colocar. E eu sigo a mesma linha: entendo que conteúdos voltados à sexualidade ou orientações sexuais cabem aos pais, não à escola. Pelo menos não da forma como foi abordada essa questão”.
Taborda falou ainda que entende que tem liberdade de se expressar e como evangélico, também tem conceitos religiosos que lhe dão o direito de opinar sobre situações como essa, o que se estende a todos os demais.
“A gente respeita o direitos dos homossexuais, a orientação e a prática de cada um. Discordamos mas entendemos que nossa opinião não é homofobia; não é homofobia discordar de determinadas práticas. Assim como muitos são livres para discordar de mim, também sou livre para não concordar com posicionamentos diferentes dos valores que eu sigo”, concluiu.