RIO NEGRINHO. O pequeno Nicolas José Anton, de 10 anos, tem um sonho bem definido em sua mente: conhecer o mundo através da dança. Balizador desde 2017 na banda marcial da Escola Selma Teixeira Graboski, o pequeno rio-negrinhense realiza nesta quinta e sexta-feira testes para ingressar na Escola do Bolshoi, uma das mais requisitadas do mundo. Patrícia, mãe de Nicolas, conta que desde pequeno ele teve amor pela arte. “Um dia ele me disse que queria participar da banda da escola, aí perguntei qual instrumento ele queria tocar. Me disse então que queria dançar. Aí eu falei que na banda não tem menino que dança, só menina, mas ele disse que tinha visto e me mostrou um vídeo do YouTube”, disse. Em apoio ao filho, Patrícia foi até a escola e conversou com a diretora e com a professora da banda, Luciane Hack, que hoje é diretora da Fundação de Cultura. “Na banda tínhamos alunos de todas as idades, mas fomos trabalhando de uma forma que todos abraçaram ele”, disse Luciane, citando certo preconceito enfrentado no início. “Até hoje ele é balizador, a única escola do município que tem um balizador”, completou a mãe. A família conta que o pequeno sempre queria mais, se dedicando ao máximo nas coreografias. “Aí surgiu a oportunidade de dançar em uma escola de dança, também no 1º Festival Internacional que teve na Fazenda Evaristo. O grupo dele não ia participar, por conta dos custos, mas ele disse que ia sozinho. Fui atrás, eu, ele e uma sobrinha fizemos a coreografia. Ele foi e ganhou o prêmio de Bailarino Destaque. Ganhou também um convite pro Festival de Dança na Argentina”, comentou Patrícia. Preparação Com a participação da etapa na Argentina, foi necessário buscar auxílio profissional para aperfeiçoar as técnicas. Aí que entrou a professora de dança Daiane Zawadzki. “Nossa intenção, antes da pandemia, era ir pra Argentina. Começamos com a iniciação dos passos, composição sonora, parte de ritmo e cênica. Com essa coreografia ganhamos o Internacional em Florianópolis em 3º lugar, o Movimento em Pauta de Curitiba também em terceiro e o Internacional da Argentina, primeira etapa, em 3º lugar. Todos online”, explicou. Com as conquistas, veio também a chance de participar do Concurso Mundial de Dança, organizado pela Confederação Mundial de Profissionais de Dança. “A música trabalhamos o tema do Brasil, pra levar pro Mundial, também online. Tinha gente da Inglaterra, Arábia, Estados Unidos. Lá conseguimos o 1º lugar no Jazz Infantil com ele”, frisou Daiane.