Nossas Notícias

Receba Nossas Notícias no Whatsapp

Rio Negrinho: conheça Maria Helena e Dinarte, homenageados na última edição do Aflorar em 2023


RIO NEGRINHO. Maria Helena Kvitschal e Dinarte Chaves Martins foram alguns dos homenageados na última edição do projeto Aflorar em 2023. O evento aconteceu no Museu Carlos Lampe.

Desde 2018, a iniciativa acontece através de uma parceria entre a prefeitura e a Ornato Jardins, através da paisagista Ciliane Augustin, e seu propósito é descobrir e destacar os munícipes da cidade que nutrem uma verdadeira paixão por flores.

Além da homenagem, eles levam mudas de plantas que tem em casa e plantam no jardim do Casarão Zipperer, que fica ao lado do Museu. A proposta é resgatar uma prática antiga de troca de mudas e fortalecer a relação da comunidade com a história da cidade.

Nos encontros, os homenageados também compartilham suas histórias de vida, em uma grande troca de experiências.

No ano que passou, foram realizadas três edições do projeto, contemplando o outono, o inverno e a primavera.

Na edição de novembro, os entrevistados foram: Estefânia Lemek, do bairro Industrial Norte; Angelita Duffeck Martins, do bairro Vila Nova e Maria Helena Kwitschal e Dinarte Chaves Martins, representando a localidade do Butiá.

Confira no texto de Ciliane um pouco mais sobre o casal:

“A história que hoje vamos contar, começou em 16 de setembro de 1967, quando Maria Helena Kvitschal casou-se com Dinarte Chaves Martins. Ela nascida em 30 de março de 1951 e ele em 03 de junho de 1947. Tiveram dois filhos: Ademildo Martins, que mora em Jaraguá do Sul (SC) e Paulo Eloir Martins, que hoje mora na cidade de Rio Grande, no Rio Grande do Sul.

No início, o casal continuou morando em Bituva, 5 anos mais tarde foram morar em Mafra e em 1973 mudaram-se para São Bento do Sul, pois Dinarte foi trabalhar nas Indústrias Condor. E lá viram os filhos crescer.

Vinte e um anos se passaram, e em 1994 Heleninha voltou a morar em Bituva, pois seus pais, já com uma boa idade, precisavam de cuidados especiais. Dinarte ainda continuou trabalhando em São Bento até 2006; ele passava a semana em São Bento e fim de semana ficava no Bituva.

O casal sempre foi muito ativo e participativo. Dinarte e Heleninha coordenaram trabalhos na Igreja Nossa Senhora das Mercês, onde eram festeiros e integraram várias iniciativas na comunidade.

A lida no interior nunca para (na verdade, eles, que tem uma energia incrível, é que não param!). O casal já teve granja, já plantou lavoura e fez ainda muitos cursos do SENAR, onde aprenderam a cultivar morangos e tomates, cultivar frutíferas e a fazer suco, geléia e até vinagre. Isso sem contar as bolachas e as cucas! Que mãos abençoadas!

Quem chega na casa deles é recebido com muito carinho, num jardim florido e caprichado, onde tem muita flor e espaço pra uma variedade imensa de plantas.

Já na entrada tem jasmim dos poetas, anunciando toda beleza que se espalha portão adentro.

Tem rosa, flor canhota e cerejeira japonesa, um pé imenso de losna florida, trevinho tricolor, muitas cores de malvas e uma coleção de suculentas.

Mas a beleza não para e mais pertinho da porta da cozinha tem uma varanda cheinha de orquídeas! Tem miosótis, cravo e rosa, daquela antiga, muito perfumada. Ainda tem cravina, margarida e alecrim pra completar a magia do jardim. A sorte foi tão grande que até a cananga-do-Japão estava florida!

E quando a gente vai um pouco mais longe da casa, encontra uma ponte muito linda, porque no jardim passa um riozinho, e no caminho descobrimos azaléias, cedros, bromélias floridas, camélias e ligustrinho, todo florido.

Também na beira do caminho tem um arbusto bem grande de chá verde, sementes que foram trazidas do Japão em 1985, por um conhecido, o Tomeji Ivasaki. E o Dinarte nos contou que já produziu mais de 300 quilos do chá!

No meio de tanta perfeição, tem uma capelinha, esculpida num tronco de árvore que abriga a padroeira Nossa Senhora Aparecida. Depois de uma oração agradecendo, seguimos conhecendo todos os caminhos do jardim, com a certeza de estarmos protegidos.

Entre toda essa exuberância fica difícil escolher uma flor predileta, então o Dinarte nos confidenciou que gosta de rosas e de flores amarelas; já a Heleninha tem uma quedinha por orquídeas e gerânios.

Pra compor o jardim do Casarão, eles doaram uma muda de rosa, daquelas antigas que a gente não consegue em floricultura. E depois de uma tarde cheinha de histórias e alegria, e claro, de um café delicioso, nos despedimos com a certeza de ter aprendido muito sobre plantas e sobre a vida, com esse casal especial: Heleninha e Dinarte”.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *