A prisão do vereador Piska, presidente da Câmara de Rio Negrinho, voltou a ser discutida na Câmara pela terceira semana consecutiva na sessão desta segunda-feira (26).
Em sua manifestação contrária à Moção de Repúdio apresentada por Kbelo, Maneco, Rose e Flavia, o vereador Nilson Barbosa (PSDB), conhecido como “Nilson da Piccolli”, reiterou sua opinião sobre os questionamentos da conduta de Piska, preso por ameaça e porte ilegal de arma de fogo no dia 10 de julho.
“Vou ser sincero mais uma vez. Sou totalmente contra essa Moção porque cada vereador sabe o que faz da sua vida particular. Não sou advogado dele mas várias ações sociais esse cara fez, eu conheço ele. Tenho empresa em Rio Negrinho há 17 anos, a gente usava o restaurante dele para almoçar e ele muitas vezes dava comida para quem não tinha como pagar”.
Barbosa disse ainda que não estava defendendo o colega mas acredita que questões da vida pessoal de qualquer vereador não devem ser discutidas na Câmara.
“Se ele tivesse feito qualquer situação dentro dessa Casa, com certeza eu ia ser favorável à Moção, mas conheço esse presidente não é de hoje, várias ações sociais esse rapaz fez pelas pessoas. Por isso que me dói essa situação de cobrança que estão fazendo para cima do presidente”.
Nilson declarou que cabe à Justiça analisar o caso de Piska e garantiu que teria o mesmo posicionamento se qualquer outro vereador tivesse sua conduta particular questionada dentro da Câmara.
“Vamos tocar a sessão porque senão vamos fazer igual a discussão da (dação) do aterro sanitário, ficaram quatro meses discutindo a mesma coisa. O pessoal quer escutar sobre o trabalho do vereador, não sobre vida particular”.
Desde a primeira sessão depois da prisão e posterior liberação de Piska pela Justiça, os vereadores Kbelo, Flavia Vicente, Roseli Amaral e Maneco vem questionando a conduta dele. Flavia, Rose e Maneco já apoiaram Kbelo em um pedido verbal para a realização de uma investigação a fim de averiguar se Piska quebrou o decoro parlamentar e ontem (26) apresentaram uma Moção de Repúdio ao comportamento do colega. A moção foi rejeitada da mesma forma que o pedido para a instalação da investigação. Além dos vereadores, presidentes de quatro partidos políticos assinaram um requerimento conjunto, cobrando da Câmara providências quanto à conduta do presidente.