RIO NEGRINHO. A primeira reunião do “Não somos invisíveis” aconteceu na noite desta quarta-feira (29), na Escola Marta Tavares, onde foi implantado um polo de Autismo. O objetivo do trabalho, realizado a partir de um programa do governo do estado, é reunir mães de crianças e adolescentes diagnosticados com o Transtorno do Espectro Autista (TEA).
O encontro deste mês, que contou com a presença da neuro psicopedagoga Vanessa Rudnick, serviu como uma acolhida para as mães e para explicar melhor a iniciativa.
As mães e a diretora da escola, Clecy Linzmeyer, também fizeram vários questionamentos à especialista, que orientou as participantes sobre as formas mais adequadas de lidar com crianças e adolescentes autistas, levando em consideração várias situações do dia a dia.
“Fizemos essa acolhida para as mães e explicamos como vai funcionar o projeto. A proposta é proporcionar um momento somente das mães, para que façam uma atividade diferenciada além daquelas do dia a dia com a família e dos cuidados com os filhos, que exigem uma atenção bastante redobrada. A iniciativa visa construir um ambiente onde possam elas também se sentir cuidadas, a vontade para fazer seus questionamentos e obter novos aprendizados através da troca de experiências entre o grupo, bem como com os profissionais que vão compartilhar várias orientações”, explicaram a professora Francine Luko, do Atendimento Especializado e a assessora Diandra, responsáveis pelo projeto na escola.
Com data ainda a ser definida – 15 ou 22 – o próximo encontro acontece em julho e trará como palestrante Delair Teixeira, que é neuropsicóloga e vai abordar o tema blindagem emocional.
“Será para um diálogo sobre como essas mães organizam a questão da emoção em relação a quantidade de informações e até pressões que passam no dia a dia”, destacam.
O projeto também prevê um trabalho através do qual as mães que se sentirem à vontade, possam contar suas histórias, compartilhando sua realidade com a comunidade.
“É uma forma de fazer com que a sociedade possa entender esse universo autista, assim promovendo conhecimento e inclusão”, frisaram.
“Enfim, a ideia é que a gente tenha no ambiente do projeto um trato de relacionamento humano, de pessoas que entendem que erram, que acertam, que precisam começar de novo e que está tudo bem, pois esses movimentos fazem parte do processo de crescimento pessoal, não só delas mas de qualquer pessoa. A ideia é fugir daquele perfeccionismo que a rede social e mídia muitas vezes trazem como sendo verdade, um padrão”, dizem.
Cronograma
Agosto: Dinâmica, atividade física/relaxamento e meditação
Setembro: Dinâmicas, momento da beleza e surpresa especial
Outubro: Dinâmica, massagem, escalda pés, dicas de cuidados com a pele na correria
Novembro – Dinâmica, Ação de graças: pelo que agradecer e pelo que lutar
Dezembro: Dinâmica e encerramento