RIO NEGRINHO. A Festa de Nossa Senhora Aparecida, na igreja do mesmo nome, no bairro Vila Nova, por muitos anos reuniu milhares de fieis da cidade e região. Realizada com uma programação bem completa, a celebração se tornou uma referência para os fiéis da Padroeira, em toda região.
Porém, com a pandemia, a programação dos festejos mudou um pouco, mas não abalou a fé dos voluntários que durante vários dias trabalharam na programação festiva e religiosa do evento. E tampouco mudou a devoção dos fieis, que puderam acompanhar as celebrações na igreja, com a devida limitação de público e também pela internet.
E os resultados só podiam ser positivos, conforme destacou o padre Magnos Canepelle, pároco da Igreja Matriz Santo Antônio de Pádua. Segundo ele, mais uma vez o evento reuniu muitos fieis, em uma demonstração de grande amor à padroeira do Brasil.
“Celebramos com muito êxito a novena de Nossa Senhora Aparecida. Foram nove dias em que a comunidade se reuniu, rezou, participou da oração do Santo Terço. Foram celebrações muito bonitas, assim como a própria festa de Nossa Senhora Aparecida que aconteceu ontem”, destacou o pároco rio-negrinhense.
“Mais uma vez a festa aconteceu dentro da pandemia, mas esse ano de um modo um pouco mais tranquilo, já que o número de casos e mortes diminuiu e a imunização vem acontecendo. Ainda assim, tudo foi realizado com todos os cuidados tão necessários, como uso de máscara, de álcool em gel e tudo mais”, citou.
Segundo o padre, uma das preocupações com os festejos era a instabilidade do tempo, já que estavam programadas as procissões e também nesta data são muitos os que por alguma forma realizam de agradecimento, realizam peregrinações.
“Isso preocupou um pouco, mas a gente procurou se preparar bem para todos os momentos e foi tudo muito bonito”, comentou.
Além da participação maciça durante os momentos de celebração, o padre destaca a procissão fluvial, realizada pela Acirne, com a participação dos homens que fazem a reza do terço e da comunidade. Durante a atividade, vários canoeiros foram descendo o rio Negrinho com a imagem de Nossa Senhora Aparecida, rezando, cantando, soltando peixes e recolhendo um pouco de lixo que ainda tinha nas águas.
Já com relação a procissão de motos, carros e caminhões, o pároco destaca que o momento, mais uma vez, foi muito marcante e de muita fé.
“A gente olha para as pessoas e percebe o amor imenso que elas possuem por Nossa Senhora Aparecida, o quanto Nossa Senhora Aparecida é querida e o quanto Nossa Senhora intercede e cuida. Foi uma manifestação muito bonita”, cita.
Reforma da igreja
O padre lembrou que a comunidade do bairro Vila Nova está passando por um processo de reforma, com a revitalização da fachada da sua igreja e destacou que na semana que antecedeu a festa, foram definidas as cores de pintura, dos vitrais, cruz, porta e da torre que está sendo erguida.
“É um desejo antigo daquela comunidade, será um espaço muito bonito”, explicou.
“É para deixar a igreja mais bela, com ‘cara de igreja’, vamos dizer assim. E a reforma está acontecendo, está avançando. A gente está feliz porque as pessoas estão ajudando. A festa teve como único objetivo arrecadar fundos para a construção da torre. Muitas pessoas estão ajudando e quero renovar o convite para quem se sentir à vontade, que também ajude”, convida Canepelle.
“Qualquer forma de ajuda é muito bem-vinda e no dia 12 de dezembro vamos dar a benção da torre e da fachada da igreja. Queremos fazer uma celebração linda nessa data e meu agradecimento vai para todos que trabalharam na festa, toda a comunidade do bairro Vila Nova pegou junto, as pessoas estão todas cansadas hoje, mas felizes e com o coração leve”, cita o padre.
Ele também agradeceu as doações como trigo, azeite, ovos e outros, usados para a venda de doces e salgados que vem ocorrendo desde o início do mês.
“Foram muitas as doações, doações em dinheiro e de tantas outras formas. É assim que a gente consegue fazer uma festa bonita, uma festa agradável, sem preços exagerados. A gente se surpreendeu com a procura da alimentação, tudo acabava muito rápido”, encerrou o pároco.