RIO NEGRINHO . Uma pesquisa da Confederação Nacional da Indústria (CNI) apontou que o principal problema das indústrias no segundo trimestre de 2021 foi a falta e o alto custo das matérias-primas. O resultado é efeito da pandemia e têm impactado a oferta de insumos para o setor.
O problema é mencionado por 68,3% das indústrias pesquisadas. A elevada carga tributária (34,9%) e a taxa de câmbio (23,2%) também são citados entre os principais entraves enfrentados pelo setor no país.
A pesquisa também mostra aumento nos preços das matérias-primas, mesmo que em um ritmo mais lento. O índice caiu no trimestre, mas permanece acima da linha de 50 pontos e está entre os maiores da série com 74,1 pontos. Indicadores abaixo de 50 pontos mostram preços abaixo do planejado. Acima desse valor, estão acima do previsto.
A presidente da Associação Empresarial de Rio Negrinho (Acirne), Casciane Antunes, falou ao Nossas Notícias sobre o assunto e destacou que o problema vem refletindo também na economia local.
“Principalmente no custo de produção, que exige muita negociação ao mercado consumidor para o repasse final”, avalia.
Segundo Casciane, as empresas precisam estar muito atentas a fim de não amargar prejuízos e ao mesmo tempo garantir a lucratividade.
“Os efeitos da pandemia têm impactado principalmente com a escassez de alguns insumos que estão abastecendo outros segmentos e matérias primas que acabaram sendo consumidas antecipadamente frente ao mercado externo”, cita.
“Em âmbito local, o assunto vem sendo tratado através da FACISC (Federação das Associações Empresarias de Santa Catarina), que junto ao COFEM (Conselho das Federações de Santa Catarina), debatem alternativas para mobilizar e garantir o nível de abastecimento industrial, propondo medidas emergências ao governo estadual e federal”,destacou.
“Tivemos faltas e aumentos expressivos em matérias primas como: ferro, aço, espuma, vidros, embalagens e tecidos, tanto insumos primários e secundários”, explica Rose Meri Soares, presidente do Sindicato das Indústrias da Construção e do Mobiliário de Rio Negrinho (Sindicom).
Segundo ela, a entidade se reúne frequentemente com a FIESC (Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina) e também com o SEBRAE (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas), para unir forças e minimizar os impactos da pandemia nas indústrias moveleiras.