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Moveleiras sentem reação positiva do mercado brasileiro

BRASIL. O mercado brasileiro está dando sinais de estabilidade econômica, criando expectativa positiva para o setor moveleiro. O volume de vendas de móveis em 2019, segundo o IBGE, foi 5,8% superior ao registrado no ano anterior. No estado de São Paulo, que detém quase 30% do consumo brasileiro de móveis e é fortemente atendido pelas indústrias do pólo local, o avanço foi de 15,6%. No varejo catarinense, o crescimento foi de 6,8%. Segundo o presidente do Sindusmobil – Sindicato das Indústrias da Construção e do Mobiliário de São Bento do Sul -, o bom desempenho do comércio em dezembro está se mantendo nesses dois primeiros meses de 2020. No Brasil, a venda de móveis cresceu 14% no mês de dezembro em comparação com o mesmo mês de 2018. “As lojas estão repondo os seus estoques devido as boas vendas antes do Natal”, informa Fernando Hilgenstieler.

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A previsão do Ibevar – Instituto Brasileiro de Executivos de Varejo e Consumo – é que o comércio de móveis e eletrodomésticos cresça 9,8% no primeiro trimestre deste ano. O desempenho comercial favorável começa a refletir nas empresas fabricantes de móveis. Segundo levantamento da Fiesc, a produção industrial de produtos de madeira teve alta de 1,2% em Santa Catarina no ano passado. A indústria geral catarinense cresceu 2,2% em 2019, contra uma queda de 1,2% registrada na produção industrial brasileira. O presidente do Sindusmobil destaca que as indústrias locais começaram a sentir resultados mais positivos a partir de maio de 2019, quando lojistas de todo o país vieram visitar e fazer negócios na Móvel Brasil.  “Os investimentos realizados pelas empresas em design e qualidade, aliados à redução da instabilidade econômica, criaram um ambiente mais favorável aos negócios, que se manteve crescente ao longo dos meses”, avalia Hilgenstieler.
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O reflexo do desempenho no varejo também foi sentido na geração de empregos. Segundo dados do Caged, do Ministério do Trabalho e Emprego, houve um saldo positivo em 2019. Em janeiro do ano passado, haviam 5.039 empregos formais no setor de madeira e móveis em São Bento do Sul e 9.002 na região, incluindo ainda Rio Negrinho e Campo Alegre. Ao final do ano, o saldo positivo entre admissões e demissões foi de 117 vagas em São Bento do Sul e 210 na região.
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EXPORTAÇÕES REGISTRAM QUEDA O cenário no mercado internacional é diferente do consumo interno. Em 2019 as exportações de móveis registraram uma queda de 13,3% em São Bento do Sul, somando US$ 100,2 milhões. Em Rio Negrinho, com US$ 13,7 milhões exportados, as vendas foram 10,1% menores que 2018. A exceção foi Campo Alegre, que teve acréscimo de 35,3% e alcançou US$ 45,2 milhões. Na soma dos três municípios, as exportações tiveram redução de 3,1% e alcançaram US$ 159,2 milhões. A queda nas vendas internacionais também foi registrada em Santa Catarina, em 0,46%, e no Brasil, de 1,6%. São Bento do Sul se mantém como o maior município exportador de móveis do Brasil. As indústrias da cidade foram responsáveis por embarcar 35,6% das exportações catarinenses e 14% das vendas internacionais do país. Os maiores importadores das indústrias moveleiras são-bentenses em 2019 foram os Estados Unidos com 21%, Reino Unido com 4,4% França com 4%. Os norte-americanos reduziram as importações dos móveis locais em 17% e os ingleses em 11% no ano passado. Em contrapartida, houve aumento de exportações para o Canadá de 55% e para a França de 35%.
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