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Morador de Rio Negrinho, Aderson Carvalho agora é vice campeão brasileiro de atletismo para transplantados

Na foto, Anderson está com a camisa 141

RIO NEGRINHO. O tocantinense de Palmas, Aderson Carvalho, de 47 anos, que atualmente reside em Rio Negrinho buscou mais qualidade de vida através do esporte, mais especificamente no atletismo.

Ele, que há cinco anos passou por um transplante de rim, faz parte da Liga Brasileira de Atletas Transplantados do Brasil e representou a cidade nos Jogos Brasileiros para Transplantados (JBTX), que aconteceu entre os dias 1° e 4 (ontem) deste mês, no Parque náutico São José dos Pinhais, em Curitiba (PR). A última edição da competição havia acontecido em 2019, antes da pandemia.

“Fui campeão brasileiro nos 100, 200, 400 e 800 metros rasos e campeão brasileiro nos 5 quilômetros, além de campeão latino-americano nos 200 metros, em 2018, na Argentina e ainda medalha de bronze nos 800 metros nos jogos Mundiais para Transplantados em 2019, em Newcastle, na Inglaterra”, falou ao Nossas Notícias.

“E fui em busca do bicampeonato representando a nossa cidade, disputando na categoria 5 km. Acabei ficando com a segunda colocação. O clima em Curitiba não estava muito favorável, pois ventava muito e fazia muito frio. Mas para mim foi muito importante pois, estou me preparando para o Mundial, que será em abril de 2023, na Austrália”, comentou.

Carvalho, que mora há oito meses em Rio Negrinho, foi diagnosticado com hipertensão em 2014. Logo após, veio o diagnóstico da doença renal crônica, quando ele iniciou o processo de hemodiálise, isso quando ainda morava em Palmas, capital do Tocantins.

“Fiquei um ano e oito meses em Palmas fazendo sessões de hemodiálise, sempre três vezes por semana, para depois ser transferido para a Clínica Pró Rim, em Joinville”, detalhou.

Em Joinville, foram mais um ano e dois meses na fila de espera para o transplante, que acabou sendo realizado em 2017.

“Fui chamado para fazer o transplante e deu tudo certo. Depois do transplante, os médicos falaram para eu começar a fazer caminhada ou algum outro tipo de exercício, pois estava ganhando muito peso e poderia perder o transplante”, citou.

“Comecei a fazer caminhada, gostei e logo comecei a correr. Depois, já no aniversário de 30 anos da Clínica Pró Rim eu corri e fui bem colocado. Aí me despertou a vontade pelo atletismo. Comecei a praticar atletismo e corrida de rua. Participei de várias competições, na Argentina, na Inglaterra e agora fui para o Brasileiro. Em 2023, estarei indo para a Austrália, no Mundial de Transplantados, representar o Brasil”, adiantou sobre os próximos desafios.

“No momento estou sem treinador, mas eu já treinei e era acompanhado pela SPF, da atleta Simone Ponte Ferraz e em Palmas, na Reviver, entidade apenas para atletas transplantados”, finalizou.

E ele, que é um exemplo de superação, deixou ainda uma mensagem especial para inspirar quem tem e também quem não tem nenhuma limitação física.

“O recado que deixo é que tudo é possível, basta acreditar e acrescentar um pouco de força de vontade e disciplina respeitando os limites do nosso corpo”.

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