RIO NEGRINHO. O sábado (02) foi marcado por várias ações alusivas ao Dia Mundial de Conscientização sobre o Autismo.
Aqui na cidade a direção da APAE realizou, durante a tarde, uma visita do mascote Dino às casas dos educandos, percorrendo com o ônibus da instituição, todos os bairros do perímetro urbano.
Além disso, aqui no Nossas Notícias também publicamos uma matéria com as especialistas da Apae alertando sobre sinais do autismo e destacando o trabalho de estimulação precoce, realizado com crianças de 0 a 6 anos na sede da instituição.
Dando sequência às abordagens relativas à data, hoje, a equipe de especialistas enfatiza a sensibilidade à cores que os autistas podem ou não ter.
De acordo com Anelize Tureck, de acordo com estudos de diversos autores, as pessoas com autismo apresentam menos precisão do que as pessoas neurotípicas em determinados processos como a procura por cores, memória de cores e detecção do ponto de transição das cores.
“Ainda segundo pesquisas, a pessoa com autismo, na maior parte das vezes tem menos capacidade de discriminação cromática, independentemente de existir ou não alguma hipersensibilidade. Porém, é necessário ressaltar que a percepção das cores por crianças com autismo varia conforme a história, experiência e o contexto em que o indivíduo se encontra (MIRANDA, 2014, p.1)”, ressaltou.
A especialista disse também que é incorreto afirmar que pessoas com TEA, necessariamente terão alterações de qualquer tipo ao se deparar com determinada cor ou estimulo visual.
“Cada indivíduo é um indivíduo e tem suas características. Pessoas com TEA não são diferentes e tem suas peculiaridades. Algumas podem desenvolver dificuldade com alguma cor (qualquer uma delas), objeto, toque ou qualquer outro estímulo, mas de forma alguma podemos generalizar ou falar que TEA tem irritação com cores fortes por exemplo”.
Ela também falou sobre a relação entre a pessoa com TEA e a sobrecarga de estímulos.
“Como já comentado anteriormente, cada indivíduo é único e deve ser tratado como tal. Porém algumas características tem maior incidência que outras, como por exemplo o excesso de estímulos, salas muito coloridas, abarrotadas de coisas, muita luminosidade ou sons. Ao se deparar com tantos estímulos, muitos comportamentos podem ser disparados, como a estereotipia, a recusa de entrar, a diminuição do tempo de concentração, a exploração de cada local ou coisa dentro da sala ou até mesmo a ausência de alteração”.
Anelize enfatizou ainda que o maior erro quando se trata de TEA é achar que todos os indivíduos são iguais e tem as mesmas necessidades ou alterações.
“Visando a maior transparência possível, ressalto que a APAE está sempre de portas abertas para esclarecer dúvidas para ajudar a população”, finalizou.