RIO NEGRINHO. Aconteceu na última semana, a formatura da 31ª turma de instrutores do Programa Educacional de Resistência às Drogas e à Violência (Proerd). O evento foi no Golden Hotel e Eventos, em São José (SC).
O programa, que havia suspendido as suas atividades durante o ano letivo de 2020, agora tem mais 35 novos instrutores. O curso ocorreu entre os dias 18 e 28 de outubro, com carga horária de 94 horas de aula.
Dentre os concludentes está a soldado Susana Kozak, de Mafra e que atua em Rio Negrinho. A partir de agora ela virá somar esforços e dar continuidade no programa juntamente com o cabo Wagner Alves de Lima, que já atua como instrutor do Proerd junto às escolas da cidade.
Suzana tem 37 anos de idade e há oito se dedica ao trabalho na PM. Ao Nossas Notícias ela comentou que o ingresso na corporação foi por querer acrescentar algo de bom a sociedade, fazer um pouco mais de justiça e ajudar as pessoas de alguma forma.
Quanto ao ingresso no Proerd, Susana explica que o objetivo é poder somar com algum conhecimento, assim como também as crianças e adolescentes também devem lhe ensinar muita coisa.
“A ideia é principalmente fazer a diferença na questão de prevenção a violência e as drogas, que eles consigam identificar isso no dia a dia deles e possam ter atitudes diferentes com decisões mais sábias”, comenta a policial.
“Queremos somar junto com essas crianças e adolescentes, ter esse contato com essa faixa etária de uma forma diferenciada, dentro da comunidade escolar. Ter essa proximidade me faz muito feliz”, cita ainda Susana que passou por um período de formação de 11 dias.
Susana deverá iniciar no programa de resistência às drogas apenas em 2022, visto que as turmas em andamento terão suas formaturas nas próximas semanas.
“A demanda é grande em Rio Negrinho, então precisávamos de mais um instrutor para que a gente consiga atender o máximo de turnos possíveis e isso acontecerá a partir do próximo ano”, explica.
A soldado também frisa que a ansiedade para o início das turmas é grande.
“Quero começar a ter esse contato com essas crianças e poder realmente colocar em prática esse objetivo que é fazer a diferença na vida delas”, define.
Nos oito anos de profissão a policial também confessa que atendimentos envolvendo crianças a fizeram optar pela formação do Proerd.
“Tem ocorrências que querendo ou não marcam, principalmente quando tem crianças envolvidas. Isso faz com que você se motive para buscar fazer a mudança, querer um país melhor para os futuros cidadãos. Além disso eu já fui professora e sempre gostei muito desse contato, desse vínculo com as crianças e com os adolescentes. O Proerd vem somar muito, tanto na minha vida profissional, quanto pessoal”, cita.
Rede Catarina
Susana também atua, dentro da PM, junto ao programa Rede Catarina de proteção a mulher no atendimento a casos envolvendo violência doméstica.
“A gente sabe que é um problema que ocorre em muitas famílias e nesse contexto vemos crianças sofrendo junto. Então de um jeito eu sei que preciso fazer alguma coisa que mude essa realidade”, diz.
“Isso também me motivou”, completa.
O Proerd
O Programa Educacional de Resistência às Drogas e à Violência (Proerd) foi idealizado para prevenir o uso e o tráfico de drogas e todas as formas de violência, seja física ou psicológica. Foi implantado em Santa Catarina em 1998 e é coordenado pela Polícia Militar.
Policiais recebem formação pedagógica específica para dar aulas em escolas públicas e privadas de todo o Estado. O foco são as crianças e adolescentes em fase escolar. A iniciativa busca despertar a consciência para o problema das drogas e da violência. O programa crianças e adolescentes dos cinco aos 15 anos. O Proerd tem como base o Dare (Drug Abuse Resistance Education), criado pela professora Rutty Hellen em conjunto com o Departamento de Polícia da cidade Los Angeles, Estados Unidos, em 1983.
Anualmente, são capacitados aproximadamente 85 mil estudantes nos quatro currículos aplicados pelo programa. Em 2019, foram contabilizados 1.504.571 catarinenses formados pelo Proerd no quinto ano, módulo que habilita os alunos formados a tomarem decisões seguras e saudáveis.