RIO NEGRINHO. O pequeno bailarino Nicolas José Anton, de 10 anos, conseguiu um feito inédito para Rio Negrinho: neste final de semana ele foi aprovado para ingressar na Escola do Bolshoi, umas das mais concorridas do mundo. Após passar em três seletivas do instituto, a notícia da aprovação veio no sábado e deixou a família em êxtase.
Patrícia Anton, mãe de Nicolas, acompanhou as etapas do filho juntamente com Luciane Hack, diretora da Fundação Municipal de Cultura. “Parte da missão dele está cumprida, que era passar nos testes. Agora vem o maior desafio pra família. Temos até dia 1º de abril para mandar toda documentação pro Bolshoi e fazer a matrícula. Preciso correr atrás de moradia e matrícula em escola de ensino fundamental para ele ter sequência. Agora o desafio é pra mãe e para o pai”, brincou.
As aulas no instituto começam no dia 19 de abril e a família corre atrás dos últimos detalhes para viabilizar o ensino do menino. “Quando estávamos em Joinville fazendo os testes, já estive em contato com a assistente social do Bolshoi, que orientou a procurar mães sociais. São mães preparadas pelo Bolshoi, que também fornecem acompanhamento de psicólogo, da assistente social, para ver o conforto deles”, explica.
Mães sociais são mães de alunos integrantes da escola, que residem em uma casa com mais crianças alunas do projeto. “A família é quem escolhe essa mãe e arca com os custos. Vou entrar em contato com o pessoal da escola e pegar essa lista, ligar e conhecer elas. Chorei bastante nesse final de semana. Cada vez que eu penso a emoção rola. Falei que tudo é para o bem dele. Ele vai sentir saudades, a gente também. Vou tentar dar o maior suporte possível pra ele”, disse Patrícia, emocionada.
Felicidade estampada no rosto
Nicolas não esconde a alegria em ser aprovado no projeto. “Eu estou muito feliz, é meu sonho ser bailarino. Fiquei muito feliz em entrar na Escola do Bolshoi e já estou conseguindo fazer vários amigos. Foi bem legal fazer amizades já”, disse o menino.
Com o ingresso, Nicolas ganhou uma bolsa de oito anos de estudos na escola. “Lógico que ele tem que ter um bom desenvolvimento no Bolshoi e na escola normal. Se ele não estiver atendendo isso, corre o risco de perder a bolsa. Mas eu acredito muito nele, está bem determinado e ansioso”, comentou Patrícia.
Para a família, Nicolas está correndo atrás de um sonho. “É algo que partiu dele. Nós vamos fazer o que for preciso para manter ele lá os oito anos e ver formado como bailarino. A gente fala da cidade com muito orgulho, com certeza teremos ajuda de muita gente daqui”, frisou a mãe.
Pedidos de ajuda
Conforme Patrícia, ainda é preciso contabilizar os custos para manter Nicolas matriculado na escola. “Somos uma família rio-negrinhense comum, tenho meu emprego e temos dois filhos. Não temos conhecimento de quanto vai custar pra nós, mas vamos correr atrás da ajuda com as empresas de Rio Negrinho. O Nicolas é a primeira criança que está indo pro Bolshoi, vamos conversar para tentar patrocínios pra ajudar a gente nesses custos”, falou.
Para Luciane Hack, o menino já está inserido na história do município. “O Nicolas está fazendo história, é a primeira pessoa daqui que estará fazendo parte do Bolshoi. Todo mundo que vai ajudar nessa jornada também vai fazer história em Rio Negrinho. Vamos ver o Nicolas em todos os palcos no Brasil e fora do país. Será o nome de Rio Negrinho que estará acompanhando o Nicolas”, ressaltou a diretora da Cultura.
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