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Mãe de jovem com paralisia cerebral faz vakinha virtual em busca de melhores condições de vida

[caption id="attachment_41897" align="alignnone" width="300"] Fotos: Edson Frankowiak[/caption] RIO NEGRINHO. Moradora atualmente da rua João Purim, no bairro São Rafael, Simone Teixeira vive situação complicada, como ela mesmo faz questão de frisar. Mãe de seis filhos, entre eles um que é deficiente, ela está promovendo uma vaquinha virtual visando arrecadar recursos para a aquisição de uma casa ou mesmo um terreno e para dar mais conforto a sua família. A reportagem do Nossas Notícias foi até a casa da família, conversou com Simone e conheceu as dificuldades que ela está passando. Ela nos contou que a ideia de promover uma “vaquinha” partiu da irmã Suelen, pelo fato da família pagar aluguel e também depois de várias tentativas frustradas de conseguir ser contemplada com algum programa habitacional do município ao longo dos últimos anos. “Uma casa ou um terreno seria um sonho para mim. Acabaria com todo sofrimento que a minha família passa e não precisaria mais ficar fazendo mudanças”, comenta Simone. Ela conta ainda que a renda atual da família mal consegue cobrir as despesas básicas como o aluguel, hoje de R$ 700,00, mais contas de água, luz e supermercado. “Na prefeitura já tentei inúmeras vezes conseguir uma casa. Na secretaria de Habitação me falaram que existem mais de 600 pessoas aguardando por uma casa. Não quero nada de graça, eu quero pagar. O dinheiro que hoje gasto com aluguel poderia pagar um financiamento”, comenta Simone. “Se não conseguir pelo poder público, talvez pessoas da comunidade possam nos ajudar também”, completa. “Meu marido trabalha como autônomo em uma lavação e não chega a ganhar um salário-mínimo integral, já que em dias de chuva não trabalha e não recebe. A única outra renda que temos é o auxílio do BPC (Benefício de Prestação Continuada)”, explica. O auxílio corresponde a um salário-mínimo e é recebido em razão da deficiência do filho Josiel, de 19 anos. Além de Josiel, moram na casa os outros cinco filhos de 17, 16, 15 e 11 anos, além da caçula, de apenas três. “Na situação que estamos muitas vezes precisamos optar entre pagar o aluguel ou botar comida na mesa”, desabafa Simone. “Como ele precisa de mim em tempo integral, fico o dia todo com ele, não posso trabalhar fora”, completa. Fraldas e cesta básica Apesar das dificuldades, Simone conta que recebe dois tipos de ajuda do poder público: ela consegue cesta básica na secretaria Municipal de Assistência Social e fraldas na unidade de Saúde do bairro São Rafael. “Mas o ideal seria receber a visita de uma assistente social aqui em casa para que ela pudesse conferir a situação que estamos passando”, pede a moradora. Nascimento prematuro causou paralisia Filho mais velho de Simone, Josiel nasceu prematuro aos seis meses. Segundo a mãe, logo nos primeiros dias de vida ficou internado por cerca de 45 dias e na primeira avaliação médica os mesmos já lhe informaram que ele teria sequelas na cabeça. Com o passar dos anos as coisas ficaram mais difíceis, lembra a mãe, já que o filho depende dela para tudo. Dificuldades para se locomover com o filho Uma das maiores dificuldades é justamente a locomoção. A casa onde a família mora atualmente tem escadas nos acessos, o que dificulta até que Josiel tome sol. “Tenho medo de sair com ele e acontecer um acidente devido aos degraus, como já aconteceu”, se preocupa a mãe. “Além disso, ele já precisaria de uma cadeira nova, pois a que ele tem está ficando muito pequena. Se eu conseguir através da vaquinha vou comprar também”, diz. Além da paralisia cerebral, Simone conta que o filho precisará em breve realizar uma cirurgia nas costas para correções na postura. A situação fez também com que ela precisasse tirar ele da Apae, onde frequentava até 2019. “Como ele tinha muitas dores na coluna, chorava toda vez que precisa ir para a aula”, lembra. O endereço para contribuir com a causa de Josiel é vaka.me/178998 ( clique aqui para acessar direto ). Critérios para inscrição em programas habitacionais A reportagem do Nossas Notícias também entrou em contato com o secretário de Habitação, Vilson Venske, que nos repassou os principais critérios para inscrição em programas habitacionais. Segundo ele, é necessário comprovar tempo mínimo de cinco anos de moradia no município (em nome do chefe da família ou cônjuge) Ainda são critérios ter renda familiar mensal não superior a cinco salários-mínimos, não possuir outro imóvel em nome próprio ou outro integrante da família em qualquer parte do território nacional, além de não ter sido beneficiário de programa habitacional com recursos públicos. O secretário também afirmou que uma assistente social dará retorno para a família. Nota da redação: Após a publicação dessa reportagem, o Secretário de Habitação, que está há pouco mais de um mês no cargo e também não conhecia a situação da família, foi até a casa deles pessoalmente, junto com sua equipe. Leia mais clicando aqui. Promoções    ]]>

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