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Fonoaudiólogo que atuou em Rio Negrinho lança livro infantil sobre cyberbullying e projeta ações sobre o tema na cidade

Em passagem pelo município, Giovani Kubiack participou de um bate papo com reportagem aqui do Nossas Notícias na conveniência do Posto Norte da Willy Jung, no Centro

RIO NEGRINHO. O fonoaudiólogo Geovane Kubiaki, que já atuou no município, lançou neste dezembro seu primeiro livro infantil. “Lana: uma história sobre cyberbullying” faz parte de uma série de publicações que deverá trazer outras temáticas como autismo, inclusão e racismo.

De passagem pela cidade nesta segunda-feira (23), ele participou de um bate papo com a reportagem aqui do Nossas Notícias no Posto Norte da Willy Jung, no Centro, explicando sobre a proposta do lançamento e também sobre a importância da discussão do tema entre crianças, profissionais e pais.

“A ideia é que nós consigamos fazer uma série, um trabalho contínuo”, comentou ele, que colocou a proposta em prática através do Projeto “CRIAR”, desenvolvido com recursos do FIA pela Associação Cultural Banda Cruzeiro do Sul, que tem 83 anos de atividades em Criciúma, onde Kubiaki reside e ocupa cargo efetivo de servidor público municipal.

“Os voluntários dessa associação atuam com música, principalmente, através de aulas diversas, banda …, as fanfarras de todas das escolas públicas em Criciúma são eles que comandam. Mas resolveram abrir o leque de opções culturais”, contou.

Conforme o especialista, uma parceria com a organização permitiu que fosse criado um departamento de Literatura dentro dessa sociedade.

“Houve uma demanda trazida pela investigadora Cris Feijó, da Polícia Civil criciumense. Ela apresentou números que apontaram o aumento dos casos relatados sobre cyberbullying, então discutiu-se a criação de uma iniciativa e surgiu esse projeto, com o lançamento de um livro infantil, para trabalhar a prevenção”.

Geovane disse que após o início das aulas em 2025 serão realizadas ações com crianças de Criciúma, que receberão o livro gratuitamente. Até o momento foram 300 exemplares impressos e serão captados novos recursos para ampliar esse número para 3 mil.

“Além da entrega do livro nas escolas, vou fazer um trabalho direto com os alunos, com uma contação de história, apresentação cultural com artistas circenses da região e a apresentação da banda também”.

Complementando o trabalho, os pais serão convidados a participar de uma reunião com a investigadora, que falará sobre violência cibernética, cuidados que devem ter nas redes sociais e sobre como olhar e acompanhar as atividades dos filhos na internet.

O autor enfatizou que o cyberbullying é crime previsto em lei aprovada neste 2024 e precisa ser mais abordado nas escolas.

“Não pode ficar restrito a um tema para se tratar apenas no quinto ano, por isso a proposta do meu projeto com o livro é fazer um trabalho com alunos a partir das séries iniciais. Como a partir dessa idade normalmente eles não tem o seu celular, usam o dos pais, a gente vai trabalhar essa prevenção também com as famílias, porque quando se trata de menores de 18 anos não existe privacidade na rede social, não existe privacidade no seu celular. Os pais podem e devem verificar como os menores estão usando os meios digitais”.

Como foi a produção do livro

Para compor a história, Kubiak usou como “laboratório” o trabalho que já realiza com crianças.

“Depois que escrevi a história e deixei ela como um rascunho, fui contando nas escolas e para as crianças, no consultório. Fiz esses testes com várias faixas etárias, até ver qual delas conseguia compreender o tema com clareza”.

E desta forma, o texto do livro é apresentado com letras todas em caixa alta, para facilitar a leitura das crianças que estão no 1° ano.

“É uma história curta, também para o professor poder contar em sala, porque as crianças têm tempo de atenção menor. O livro tem ainda como atividade final uma pintura para as crianças fazerem, para que o manuseiem por mais tempo. Ele não é todo para pintar, porque não é uma cartilha, é um livro de Literatura”, enfatizou sobre o propósito da publicação.

Além da dedicação à fonoaudiologia, Kubiak também faz parte da Academia de Letras do Brasil de Santa Catarina Seccional Içara e do Núcleo de Contadores de Histórias, e como tal, frisou a importância da valorização da Literatura.

Vendas, dois lançamentos em Rio Negrinho e expansão do projeto para a cidade

O livro está à venda na papelaria Santo Expedito, no Shopping Zipperer, em São Bento do Sul, por R$ 35, mas deverá ser lançado também em Rio Negrinho, através de uma parceria com o Colégio Caminho do Saber, depois que a unidade de ensino retornar suas atividades em 2025.

“Eles vão usar o livro em sala de aula”, explicou.

O escritor disse ainda que quer fazer um lançamento para a comunidade e tentar levar o projeto para as escolas da rede municipal de ensino de Rio Negrinho.

“A ideia é ampliar a discussão sobre o cyberbullying. Criciúma tem 230 mil habitantes, é uma cidade grande, a gente tem um impacto grande, mas precisamos chegar no máximo de lugares possível, pois tem crianças e adolescentes sofrendo muito, a internet não tem um limite”, lamentou.

Atividades profissionais em Rio Negrinho e São Bento do Sul

Natural de Canoinhas, Kubiak morou em São Bento do Sul e em Rio Negrinho, onde estudou na Escola Manuel da Nóbrega e atuou na APAE, como fonoaudiólogo. Ele aproveitou a oportunidade para pedir que empresários e pessoas físicas da região contribuam com o FIA através da destinação de um percentual do seu Imposto de Renda para projetos sociais nos seus respectivos municípios.

“Ao invés de ir para Brasília (DF), esses valores são usados por organizações locais, que incentivam o esporte, educação e cultura”.

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