SÃO BENTO DO SUL. Após meses de pesquisa e criação, “Malungo”, idealizado pelo ator e produtor cultural Robson Rodrigues da Silva, poderá futuramente ser experimentado como espetáculo teatral, prometendo emocionar o público com uma fusão de teatro, música e dança.
A performance, desenvolvida em parceria com a Associação Multicultural Panaceia Teatro e Cinema, aborda a escravidão no Brasil e seus reflexos na atualidade. Inspirada em entrevistas com quilombolas de Araquari (SC), membros de centros de Umbanda llê Axé Oya Balè em São Bento do Sul, líderes da comunidade negra e visitas também a uma roda samba e dança de rodas, a peça dá voz às narrativas de resistência e ancestralidade.
Com supervisão de Andrieli Stemposki, produção executiva de Robson Henrique Schneider e produção cultural de Rafael Nagel, a obra utiliza a capoeira como símbolo de luta e expressão, promovendo uma experiência visceral e poética.
Mais do que uma peça teatral, “Malungo” é um convite à reflexão sobre identidade e desigualdade, trazendo à tona a força cultural e a luta histórica da comunidade negra.
Apesar de ser um experimento, Robson fala da vontade de fazer com que o trabalho vire um espetáculo teatral.
“O Malungo é um projeto de pesquisa, experimentação de linguagem e por enquanto ele vira uma cena curta, mas eu quero transformar essa pesquisa inicial em uma montagem e logo após fazer uma circulação”, destacou.
A iniciativa também é financiada pelo edital D+ Áreas da Fundação Catarinense de Cultura (FCC), por meio da Lei Paulo Gustavo, reafirmando seu compromisso com a cultura local.