BRASIL. A Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que busca acabar com a escala 6×1 e reduzir a jornada semanal de trabalho ganhou assinaturas suficientes para tramitação na Câmara dos Deputados nesta quarta-feira (13), mas enfrenta forte oposição de parlamentares.
A equipe do Nossas Notícias buscou contato com os representantes de Santa Catarina na câmara federal , sendo que a medida que eles emitirem suas opiniões a respeito do assunto, as mesmas serão publicadas. A reportagem conversou com o deputado federal Gilson Marques, do Partido Novo, alega que a medida pode ter impactos negativos na economia e no mercado de trabalho.
Segundo ele, a PEC – que propõe uma jornada de quatro dias trabalhados e três de descanso – representa “ilusões e populismo” e poderia prejudicar as pequenas e médias empresas, que respondem por cerca de 80% dos empregos no país. Ele alerta que uma redução de 20% na carga horária traria aumento de custos operacionais, o que em sua opinião poderia resultar em desemprego e no aumento de preços de bens e serviços, afetando principalmente as famílias de menor renda.
A favor de um modelo de trabalho mais flexível e menos regulamentado, o deputado defende que o Estado não deve interferir nas relações laborais, propondo que trabalhadores e empresas sejam livres para pactuar a carga horária mais adequada a cada situação. Marques sugere, ainda, um modelo de remuneração por hora trabalhada, que, em sua opinião, facilitaria ajustes para ambas as partes, permitindo que cada trabalhador opte pela escala que melhor se adapta às suas necessidades.
Ele também abordou a discussão sobre a reforma administrativa, criticando o governo por, segundo ele, impedir o avanço da PEC 32, que já passou por comissões e está pronta para votação no plenário.
“Infelizmente, o governo Lula é contra essa PEC, então dificilmente será aprovada”, comentou o deputado com a reportagem aqui do Nossas Notícias, afirmando que a ausência de apoio à reforma representa um entrave ao progresso do país.