SANTA CATARINA. O Cabo Vaz, integrante da Polícia Militar há oito anos e lotado no 23º Batalhão em São Bento do Sul, foi reconhecido por sua atuação em um voo internacional, onde controlou um passageiro em surto psicótico, garantindo a segurança dos outros passageiros e da tripulação. Esta ação destacou seu comprometimento e habilidade em situações de risco.
Na cerimônia, que aconteceu nesta quinta-feira (24), foram homenageados 33 policiais de diversas regiões e unidades especializadas. O comandante-geral da PMSC, coronel Aurélio José Pelozato da Rosa, ressaltou o empenho dos agentes.
Segundo o coronel, o reconhecimento serve de inspiração para toda a corporação, sendo uma prova da excelência e dedicação dos policiais catarinenses.
Além do Cabo Vaz, a solenidade contou com a presença da Comandante do 12º Comando Regional de Polícia Militar (CRPM), Coronel Arlene Sousa da Silva Villela, e do Subcomandante do 23º BPM, Major Everaldo Simão Stanchack, que prestigiaram o evento, destacando o compromisso da corporação com a segurança pública.
Sobre a atuação do policial são-bentense
No dia 19 de setembro, durante suas férias em uma viagem para Lisboa, em Portugal, Vaz protagonizou uma ação rápida, que evitou o agravamento de uma situação de risco em pleno voo. O incidente ocorreu durante o trecho de conexão entre Lisboa e Luanda, capital de Angola, quando um homem em surto psicótico começou a causar perigo a bordo da aeronave.
Momentos de tensão
Durante o voo, ele se apresentou de forma descontrolada e passou a ofender as aeromoças, além de quebrar objetos no avião, provocando pânico entre os demais ocupantes. A situação se tornou ainda mais crítica quando o passageiro dirigiu-se à porta de emergência da aeronave, ameaçando abri-la durante o voo, colocando em risco a segurança de todos a bordo.
Percebendo a gravidade do momento, Vaz se apresentou imediatamente à equipe de comissários de bordo, informando sua profissão. Ao solicitar algemas para conter o homem, foi informado de que não havia o equipamento disponível. Então ele utilizou “línguas de sogra” – um tipo de dispositivo improvisado – para conter o cidadão em surto e garantir a segurança de todos.
A prisão
Após imobilizar o passageiro, o PM conduziu-o até um banco isolado, onde prendeu suas pernas com cintos de segurança e permaneceu ao seu lado durante o restante do voo, assegurando que a situação permanecesse sob controle. A cabine de comando do voo acionou as autoridades em Luanda, informando sobre o ocorrido.
Ao aterrissar em Angola, a Polícia Federal local já aguardava no aeroporto. O homem foi preso, com a colaboração do policial militar, que também acompanhou a entrega do detido à delegacia no terminal.