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Corpo de Cid Moreira é velado em Itaipava, e despedida pública será no Palácio Guanabara

BRASIL. O corpo do icônico jornalista Cid Moreira está sendo velado na noite desta quinta-feira (3) em Itaipava, na região Serrana do Rio de Janeiro. Aos 97 anos, Cid Moreira faleceu na manhã de hoje em um hospital de Petrópolis, após complicações de saúde que levaram à falência múltipla dos órgãos. O velório, previsto para começar às 16h, teve início com quase duas horas de atraso, às 17h50, quando o caixão chegou ao Parque Municipal Prefeito Paulo Rattes, escoltado pela Polícia Militar.

Uma segunda cerimônia de despedida será realizada nesta sexta-feira (4) no Palácio Guanabara, no Rio de Janeiro. A família e amigos poderão se despedir das 8h30 às 10h, e o público terá acesso ao velório das 10h às 13h. O sepultamento de Cid Moreira será em Taubaté, sua cidade natal, no interior de São Paulo, em uma data ainda não confirmada.

O prefeito de Petrópolis decretou luto oficial de três dias, destacando o carinho de Cid pela cidade e, especialmente, pela região de Itaipava, onde ele residia nos últimos anos. Além disso, William Bonner e Renata Vasconcellos, apresentadores do Jornal Nacional, prestaram tributo ao ex-colega, enaltecendo sua voz inconfundível e o papel central que desempenhou na história do telejornalismo brasileiro.

Cid Moreira, nascido em 29 de setembro de 1927 em Taubaté (SP), foi um dos mais reconhecidos jornalistas e locutores da televisão brasileira. Sua carreira começou no rádio em 1944, na Rádio Difusora de Taubaté, e logo se destacou por sua voz imponente. Em São Paulo, trabalhou na Rádio Bandeirantes e, em 1951, mudou-se para o Rio de Janeiro, onde foi contratado pela Rádio Mayrink Veiga. Lá, ele teve suas primeiras experiências na televisão, apresentando programas como “Além da Imaginação” e “Noite de Gala”.

Sua estreia no jornalismo televisivo aconteceu em 1963, no “Jornal de Vanguarda”, da TV Rio. Em 1969, Cid foi convidado para apresentar o recém-lançado Jornal Nacional da TV Globo, ao lado de Hilton Gomes. A partir daí, Cid tornou-se o principal apresentador do telejornal mais importante do país por mais de 26 anos, dividindo a bancada com Sérgio Chapelin. Sua presença no JN marcou a história da televisão brasileira, e seu “boa-noite” se tornou icônico, sinônimo de credibilidade e segurança.

Além de sua carreira no Jornal Nacional, Cid Moreira também teve participação no programa Fantástico, narrando quadros como o famoso Mr. M, que desvendava truques de mágica, e foi responsável por popularizar expressões como “Jabulani” durante a Copa do Mundo de 2010.

A partir dos anos 1990, Cid dedicou-se à narração de textos religiosos, especialmente salmos da Bíblia. Em 2011, ele alcançou o marco de gravar a Bíblia completa, projeto que se tornou um sucesso de vendas.
Seu falecimento marca o fim de uma era, e sua despedida promete ser um evento de grande comoção nacional.

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