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Presidente do Sintipar, sediado em Rio Negrinho, participará da negociação salarial dos trabalhadores químicos de Santa Catarina nesta quarta-feira

ESTADO. Cintia Ronska, presidente do Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias do Papel, Papelão, Plástico, Químico e Artefatos de Borracha de Rio Negrinho e Região (Sintipar) participa nesta quarta-feira (18), de mais uma rodada de negociações junto as demais entidades na Federação dos Trabalhadores nas Indústrias de Santa Catarina (Fetiesc). O encontro busca avançar em direção a um consenso que atenda às necessidades dos profissionais da área.

A reunião mais recente aconteceu no início deste mês, mas não houve acordo sobre o reajuste salarial e melhorias nas condições de trabalho.

O que os trabalhadores pedem

A categoria reivindica um aumento salarial de 6%, justificando a solicitação com base na inflação do período, que fechou em 4,06%.

Além disso, pleiteia a fixação de um piso salarial único de admissão no valor de R$ 2.100, representando um incremento de 6,5% em relação ao piso atual.

Proposta dos patrões

Também no encontro realizado no início deste mês, a contraproposta patronal mostrou-se distante das expectativas dos trabalhadores, com uma oferta de 4,5% de aumento nos salários e 5% no piso salarial.

As discussões também abordaram a revisão de oito cláusulas sociais consideradas fundamentais para a negociação. Dentre elas estão direitos como a possibilidade de acompanhamento dos filhos em internação domiciliar, a comunicação ao sindicato sobre acidentes de trabalho, a redução do tempo de contrato para homologações de rescisões contratuais, mesmo que de forma remota e virtual, bem como auxílio para pais e mães de crianças com autismo.

De acordo com a presidente do Sintipar, Cíntia Ronska, a negociação dos químicos, especialmente no contexto de acordos sindicais e trabalhistas, geralmente envolve discussões sobre reajustes salariais, benefícios, condições de trabalho e outras demandas dos trabalhadores do setor.

A expectativa, segundo explicou ela para a reportagem aqui do Nossas Notícias, pode variar dependendo de vários fatores, como a inflação, a situação econômica geral do país, e o desempenho do setor químico.

“Nos últimos anos, os trabalhadores tem buscado garantir reajustes salariais que acompanhem a inflação, além de melhorias nas condições de trabalho e benefícios adicionais, como planos de saúde ou vale-refeição. Por outro lado, as empresas podem tentar manter os custos controlados, propondo reajustes menores ou outros tipos de compensação. É provável que as negociações contemplem a busca por equilíbrio entre o que os sindicatos demandam e o que as empresas conseguem oferecer, considerando o cenário econômico atual”, citou.

Cenário na região

Ela explicou ainda que na base do Sintipar existem atualmente 22 empresas cadastradas com a estimativa de 490 funcionários, abrangendo Itaiópolis, Mafra, Rio Negrinho, São Bento do Sul e Campo Alegre.

“O setor químico em Santa Catarina é uma parte importante da economia industrial do estado, envolvendo a fabricação de produtos químicos, fabricação de biocombustível, farmacêuticos, cosméticos e outros. No entanto, o número exato de trabalhadores nesse setor pode variar ano a ano e entre diferentes fontes”, apontou.

Cintia ainda frisou que o setor industrial catarinense emprega milhares de pessoas, sendo um dos que mais cresce, especialmente nas regiões de Blumenau, Joinville e Florianópolis.

“A expectativa de reajuste salarial depende de fatores como a inflação acumulada, a produtividade do setor, e as negociações entre sindicatos e empregadores. Os sindicatos costumam pleitear aumentos reais, ou seja, acima da inflação, para compensar perdas salariais e melhorar o poder de compra dos trabalhadores”, esclareceu.

“Por outro lado, as empresas, dependendo da saúde econômica do setor e da conjuntura macroeconômica, podem oferecer reajustes próximos ao INPC, tentando conter os custos operacionais. As negociações em 2023 indicaram reajustes alinhados à inflação, com algumas categorias conseguindo ganhos reais em torno de 1% a 2% acima do INPC. Isso pode servir como base para as negociações de 2024. Contudo, a expectativa final depende do andamento das negociações coletivas e do comportamento da economia no restante do ano”, complementou.

Segundo dados da RAIS do Ministério do Trabalho, a indústria química em Santa Catarina registrou 13.038 trabalhadores do segmento em 2023.

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