RIO NEGRINHO. Depois das manifestações dos vereadores Kbelo e Piska sobre denúncias de problemas em cirurgias eletivas e demora no atendimento bem como das informações sobre 17 títulos da Fundação Hospitalar, protestados em cartório, várias questões ligadas à nova gestão da instituição foram debatidas na primeira sessão da Câmara deste mês, realizada no dia 4.
A reportagem aqui do Nossas Notícias, vem, desde então, publicando argumentos usados pelos parlamentares, ampliando a discussão, que envolve toda comunidade.
Na nossa série já publicamos as falas da vereadora Flávia, enfatizando a necessidade de os vereadores saberem a real situação do hospital e do vereador Kbelo, destacando o pedido do contrato com o IMAS, nova empresa responsável pela administração do hospital, há pouco mais de 3 meses.
Hoje (18), dando sequência na série, trazemos a fala do vereador Dido, que se disse favorável ao requerimento proposto pelos colegas – Flávia, Kbelo, Maneco e Rose Amaral – pedindo mais informações sobre a FHRN.
Contudo, o parlamentar criticou o fato de que alguns colegas infelizmente, como ele classificou, teriam esquecido que a intervenção na unidade de saúde foi autorizada e está sendo fiscalizada e acompanhada, em suas palavras, “por ninguém menos que o Ministério Público.
“Se vocês acham que tem alguma coisa errada, então o Ministério Público não está fazendo o trabalho dele? Vocês são melhores que a promotora? Eu acho que ela vai gostar de saber disso”, disparou.
“Quanto aos protestos, o próprio Santé ( que fazia a gestão do hospital anteriormente) e a maçonaria sempre falaram que estavam com problemas financeiros e o que realmente aconteceu recentemente é que foram mais de 350 cirurgias em dois meses, o que aumentou muito as despesas com material e com horário de médico”, argumentou.
O vereador também falou que todas as despesas se multiplicaram e dentro do acordo da intervenção, está claro que a prefeitura não pode aumentar o aporte financeiro para a empresa gestora.
“O hospital tem que ser gerido com o mesmo valor que vinha sendo repassado anteriormente, senão não seria justo a prefeitura assumir o hospital, botar mais dinheiro e resolver o problema. A intenção nunca foi essa”, prosseguiu.
Ele disse que o IMAS, é um instituto que está presente em mais de 40 hospitais em Santa Catarina e que com as cirurgias eletivas que o governo estadual promoveu, já realizou, dentro dos hospitais que administra, mais de 25% das cirurgias eletivas realizadas no estado.
“Então eu acho que sabem o que estão fazendo”, afirmou.
Dido parabenizou os funcionários do hospital, dizendo que estão dando conta do recado.
“São 350 cirurgias em dois meses, para quem fazia 30 por mês. É muita coisa, está sendo exigido muito mais deles”.
Conforme o vereador, uma das cláusulas do contrato com o IMAS é que o pagamento pelos serviços que prestam está vinculado ao lucro do hospital.
“Se o hospital tiver lucro, o IMAS tem 5% desse valor. Então eles vão trabalhar para o hospital dar lucro , é o objetivo deles e só vão conseguir isso aumentando o serviço”, pontuou.