RIO NEGRINHO. Enfatizar a importância da participação das mulheres na política ao longo dos tempos; a necessidade da continuidade da busca por políticas públicas que garantam seus direitos e reconhecer a história daquelas que através do voluntariado também fazem política, de forma apartidária.
Esse é um breve resumo da Caravana da Mulher pela Inclusão na Política, iniciativa da Escola do Legislativo da Assembleia Legislativa de Santa Catarina (ALESC), realizada em várias cidades do estado e que em Rio Negrinho aconteceu na noite desta sexta (1º), em parceria com a Procuradoria da Mulher da Câmara Municipal.
O evento foi realizado na sede do Legislativo e contou com uma palestra sobre a “História da Mulher na Política”, ministrada por Cristiane Stoeberl, advogada, pesquisadora e professora da UnC Rio Negrinho.
Do encontro participaram mulheres que são filiadas à diferentes partidos bem como aquelas que não participam de nenhuma sigla. Também marcaram presença as vereadoras Roseli Zipperer do Amaral, presidente da Procuradoria da Mulher na cidade; juntamente com as também vereadoras Flávia Vicente e Alessandra Cristofolini, além da suplente Gisele Ruckl. A reportagem aqui do Nossas Notícias também marcou presença na ação.
Depois da palestra, houve uma Roda de Conversa, através da qual as mulheres trocaram várias experiências, inclusive com a participação de dona Orita Fernandes do Amaral, primeira vereadora da história de Rio Negrinho e também de Santa Catarina, eleita em 1966.
Além das falas, também não faltou arte e cultura, com as apresentações da vereadora mirim Maria Pereira, que cantou músicas com temas femininos e do Grupo de Dança Alma Cigana, que apresentou a coreografia Bela Flor, sob a orientação da professora Simone Tavares.
“A Caravana acontece para trazer mais a mulher para a política, para lembrar o quanto elas tem um papel importante como vereadoras, prefeitas, deputadas e em outros cargos eletivos. Mas também evidencia que a política está em tudo e que fazemos política à toda hora, embora muitas vezes não em um partido ou num cargo. Artistas, donas de casa, empreendedoras … todas fazemos política, muitas vezes sem perceber, é a chamada política da boa vizinhança. Esse evento foi o despertar de um entendimento de que todas fazemos parte de um mundo político o tempo todo”, destacou Rose.
Homenagens
Ela frisou que nesse sentido, as integrantes da Procuradoria de Rio Negrinho também homenagearam algumas voluntárias que fizeram e fazem história na cidade.
“Com essas homenagens reconhecemos de forma geral às tantas voluntárias que temos no município. Escolhemos fazer esse reconhecimento porque entendemos que além de não precisar ser partidária, a política não é feita por uma pessoa só, principalmente a política comunitária e social. Política é conjunto, seja num partido ou não”, explicou.
Quem foram as homenageadas
• Irmã Aparecida, uma das mais antigas voluntárias da Pastoral da Criança
• Rede Feminina de Combate ao Câncer
• CVV (Centro de Valorização à Vida), nas pessoas de Marília Berkenbrock e Laurildes Postiglione, que iniciaram o trabalho na cidade e nele seguem até hoje
• Casa da Amizade, na pessoa de Dirlene Terezinha Klaus, Lezi Jablonski e Marinês Karpen Kwitschal
• Gôndola Müller, voluntária da Arnap e Rede Feminina
Considerações finais
“Foi uma maneira bonita de reunir mulheres para falar de política, mas de forma bem informal. O evento também possibilitou o reencontro de muitas amigas de longa data”, finalizou a presidente da Procuradoria da Mulher de Rio Negrinho.
Agradecimentos
Em nome de todas as vereadoras da Procuradoria, Rose agradeceu a todos os servidores da Câmara; à servidora à Elaine, que em especial vem trabalhando na Procuradoria ao longo deste ano; à Escola do Legislativo da ALESC e a cada uma das participantes do evento.
Parcerias da Procuradoria da Mulher de Rio Negrinho
Rede Catarina de Proteção à Mulher (programa da Polícia Militar), Fórum, Delegacia de Polícia , Conselho da Cidade, CRAS, CREAS, Acirne, CDL, Assistência Social, voluntárias participantes dos grupos dos centros comunitários das associações de moradores dos bairros.
“Quero aqui destacar o trabalho da Ivonete Lik, a Kika, que com as mulheres dos assentamentos, promove várias oficinas de artesanato no interior da cidade”, encerrou Rose.
Confira os cliques aqui da reportagem do Nossas Notícias: