RIO NEGRINHO. A empresária Leila Wenck, da Oriente Modas, foi uma das comerciantes impactadas com as cheias que assolaram o município na primeira quinzena deste outubro.
À reportagem aqui do Nossas Notícias, ela contou sobre os prejuízos desse período e também da ajuda recebida para esvaziar o estabelecimento quando as águas avançaram na rua Jorge Zipperer, onde fica a loja, no centro.
Entre os dias 4 e 17, mais especificamente, muitas áreas da cidade foram atingidas por alagamentos que ocorreram em virtude de fortes chuvas. Nesse período, o nível do rio Negrinho chegou a passar de 6 metros acima de sua altura normal em alguns dias e entre subidas e descidas, um clima de grande apreensão tomou conta da cidade.
“Realmente tivemos a ajuda de várias pessoas, de comerciantes vizinhos, de funcionárias. Ficamos até às seis e meia da manhã, de quarta (04) pra quinta-feira (05). Graças a esse apoio, a gente conseguiu tirar da loja todas as peças de roupas, calçados e acessórios; então, o prejuízo foi mesmo só de pagar para tirar os móveis e agora (18) pagar para serem montados novamente”, citou.
Fora essa questão, ela considera que o prejuízo maior mesmo, foi ter precisado deixar a loja fechada por tantos dias.
“Não fizemos vendas pelo WhatsApp, porque um pouco das nossas peças ficou na casa da minha sogra, outro pouco na casa da mulher que tirou os móveis e outro ainda no apartamento aqui do prédio. Precisei ainda esperar alguns dias para receber pagamentos, como os do crediário, por exemplo, mas fora isso, não houve perdas”.
Porém, para ela, esses desconfortos são desafios menos difíceis de serem superados, em comparação com circunstâncias enfrentadas por outras pessoas.
“Uma coisa eu sempre penso: se a gente olhar, tem pessoas em situações bem piores, que tiveram perdas grandes, principalmente em algumas residências, então a gente levanta a cabeça. Não foi a primeira cheia, sabemos que não vai ser a última e temos que continuar”, encerrou.