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Rio Negrinho: professoras e orientadora do Manuel da Nóbrega falam sobre importância de visitação à exposição sobre abuso sexual e violência; “às vezes nem percebemos os sinais”

RIO NEGRINHO. “Apesar de ser chocante, é a realidade. A gente não está acostumado a ver esse tipo de violência. Eu principalmente, fiquei muito emocionada com as palavras dela também, não só com as obras”. A frase é de Letícia Bachmann, professora da Escola de Ensino Médio Manuel da Nóbrega, que prestigiou, junto com alunos do Ensino Médio, o lançamento da exposição “Arte que denuncia, combate e previne”, que aconteceu nesta segunda (04), na Câmara de Vereadores.

Ela e outras duas colegas conversaram com a reportagem aqui do Nossas Notícias sobre a relevância da iniciativa da Procuradoria da Mulher, órgão da Câmara de Vereadores, coordenado neste ano pela vereadora Rose Amaral e que conta com a participação das vereadoras Flávia e Alessandra, além do apoio da servidora Elaine Telma, também do Legislativo.

A mostra retrata em telas cenas de abuso sexual e violência contra meninas, meninos, homens e mulheres. O trabalho é da artista plástica Mirian Arceno Rocha, vítima de abuso sexual, e a visitação segue aberta ao público até 29 de setembro, das 7h30 às 11h30 e das
13h às 17h na Câmara de Vereadores. A classificação indicativa é de 16 anos.

“A gente pensa que isso está longe da gente, porém pode estar na família e nós não damos bola”, cita ainda a docente.

“Achei uma forma bem impactante de chamar a atenção da sociedade em si, dos nossos alunos. Essas imagens me impactaram muito, são bem fortes, mas serviu para os nossos alunos prestarem mais atenção em algumas situações”, destacou Ângela Pacheco, também professora do Manuel da Nóbrega.

Geni Pires Laurek, que é orientadora educacional da mesma escola, afirma que a palestra foi muito gratificante.

“E existem casos que estão do nosso lado, mas não ficamos sabendo porque tem gente que tem vergonha de falar sobre isso, mas acabam esquecendo dos direitos que tem também. Então acaba ficando frustrado”, lembrou.

Ela disse ainda que em muitas situações recebe alunos com muitos problemas.

“É às vezes é lá na família que está acontecendo. Isso acaba vindo para a escola e não sabemos nem como trabalhar, então é um assunto que precisa ser debatido dentro e fora da sala de aula, com a comunidade em geral”, complementar.

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