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Raridade, Corcel foi roubado em São Bento do Sul, recuperado em Joinville e repassado de avô para neto

Fotos: Katia de Oliveira/Nossas Notícias

REGIÃO. Maurício Sill e Claudete Buchinger tem em comum o amor pelos veículos antigos e também uma história no mínimo inusitada sobre o maior xodó do casal, um Corcel 1977, luxo, de quatro portas e que originalmente possuía a cor azul metálica.

Eles moram em São Bento do Sul e participaram do Encontro de Carros Antigos (veja todas nossas fotos do evento nos links no final da matéria) que aconteceu em Rio Negrinho neste domingo (23), como parte das atividades de 143 anos da cidade. E foi a partir de um bate papo da nossa reportagem com Claudete, que surgiu a ideia de registrar aqui essa história.

O veículo, contou Maurício à reportagem aqui do Nossas Notícias, foi adquirido pelo seu avô, Evaldo em 1978. Pouco tempo depois, foi levado da família quando Evaldo foi atacado por assaltantes e o veículo levado pelos ladrões.

“Com alguns meses de uso e apenas três mil quilômetros, o carro foi levado por bandidos. Meu avô morava na Estrada Rio Negro, os assaltantes chegaram pedindo dinheiro e como ele não tinha, levaram o carro”, recorda.

O veículo viria a ser achado somente alguns meses depois, já em Joinville, e com a cor alterada para laranja.

“A polícia encontrou o carro lá, durante uma abordagem. O Corcel tinha sido transformado em um táxi e na época já estava com 34 mil quilômetros”, completa. 

“Naquela época não tinha essa legalização dos táxis como tem hoje, não era tão rigoroso. Os policiais fizeram a abordagem e viram que o homem que se passava por dono do veículo, não tinha os documentos do Corcel. Além disso, a polícia verificou aqui o automóvel estava com o chassi raspado e identificou que tinha também partes em azul por dentro”, cita.

O veículo acabou devolvido para o avô de Maurício. A ideia inicial era pintar o carro com a cor original, mas pela dificuldade de encontrar quem fizesse o serviço na época, optou-se pelo até agora atual tom em bege.

O carro ainda ficou com seu Evaldo até que ele completasse 85 anos. Depois disso, por já encontrar dificuldade para dirigir o veículo, ele acabou o vendendo para o neto.

Maurício disse que seu avô faleceu há quatro anos, aos 96 anos de idade. Ele contou ainda que tem também uma Kombi 1999, e que a paixão por itens antigos veio ainda da infância.

“Acho que nasci em outra época, prefiro carros antigos do que novos. Também sempre gostei de ferramentas e outros ítens antigos”, cita.

Claudete acredita que a paixão por veículos antigos ganha um significado ainda mais especial, por sempre envolver muitas histórias.

“Aprendi a dirigir também com um Corcel. É uma volta ao passado”, diz.

“Sobre a Kombi 1999, ela foi comprada há um ano e no começo foi uma oportunidade de negócio. Primeiro quis vender, depois me apeguei e fiquei”, fala Maurício que nesse ano, junto com a esposa já participou do Encontro de Carros Antigos em Pomerode e projeta participar também do encontro previsto para julho, em São Francisco do Sul.

Veja mais fotos do Encontro de Carros Antigos em Rio Negrinho, edição 2023: álbum 1, álbum 2 e álbum 3

Fotos: Katia de Oliveira/Nossas Notícias
Fotos: Katia de Oliveira/Nossas Notícias
Fotos: Katia de Oliveira/Nossas Notícias

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