CAMPO ALEGRE. Na manhã desta quinta-feira (10) a prefeita Alice Bayerl Grosskopf esteve reunida com o Secretário de Saneamento Ambiental e Meio Ambiente, Artur Bastos; o responsável pelo controle dos Borrachudos, Silvanei Maia; o Secretário de Desenvolvimento Econômico/Agricultura, Ruben Bahr e o engenheiro agrônomo Gilson Omar Brunnquell.
O motivo da conversa foi o controle do borrachudo no município, que nestes períodos de muito calor e chuvas acabam se proliferando com mais facilidade.
A Secretaria Saneamento Ambiental e Meio Ambiente realiza as aplicações do produto para combater o mosquito borrachudo em 426 pontos do município.
As ações são realizadas no centro, bairros e se estendem em diversas localidades do interior.
Segundo o Secretário de Saneamento, Artur Bastos, Campo Alegre tem um custo de aproximadamente R$ 6 mil mensais com a compra do larvicida BTI (Bacillus thuringiensis israelensis), que é utilizado nas aplicações.
De acordo com Bastos, além do acúmulo de água em alguns pontos, ambientalistas apontam que o lixo e dejetos de animais também são criatórios do mosquito, por isso, recuperar a mata das margens dos riachos previne a infestação.
Os borrachudos costumam voar durante o dia, com sol quente, são nativos da Mata Atlântica e bem pequenos. Eles atacam as partes do corpo expostas, causando desconforto e irritação. Em muitos casos, também atacam animais.
O defensivo usado para o controle dos borrachudos é biológico e não agride o meio ambiente.
Segundo a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), o BTI não causa danos em animais aquáticos, nem em outros animais que bebem a água. É um produto específico para combate de larvas do inseto.
No entanto, o BTI não resolve todo o problema. Para controlar a proliferação dos borrachudos, é preciso que a população também faça sua parte.
Não jogar lixo no arroio ou riacho também ajuda no controle dos borrachudos, porque, além de pedras e folhas, as larvas gostam de se fixar em sacos plásticos jogados na água.
Um dos pontos de dificuldade relatado por Silvanei é a falta do acesso a algumas propriedades, principalmente no interior, o que prejudica toda a cadeia de aplicação do larvicida.
É neste sentido que a Secretaria de Desenvolvimento/Agricultura deve auxiliar nos próximos dias, realizando o contato com alguns moradores de propriedades rurais, visando o diálogo para que o servidor possa realizar a aplicação do produto, podendo assim completar o ciclo de aplicações.
A prefeita agradeceu a dedicação da equipe e pede também a colaboração de todos os munícipes para que permitam que o servidor do município possa entrar em suas propriedades.
“Se cada um fizer a sua parte vamos conseguir diminuir cada vez mais com a quantidade de borrachudos na cidade”, destacou.