RIO NEGRINHO. A vereadora Alessandra Cristofolini, atual presidente da Câmara, acompanhou a assembleia do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais na última semana.
A reunião aconteceu na sede do Legislativo e contou com a participação da equipe sindical, de professores e do economista João Medeiros, que há vários anos presta consultoria para o sindicato. Ele apresentou dados de um estudo sobre o Fundeb e da capacidade econômica de a prefeitura pagar o novo piso salarial para todos os professores. Também acompanharam o encontro a vereadora Roseli Amaral e os vereadores Kbelo e Maneco Alves.
Alessandra, que é professora efetiva do estado, comentou sobre a aprovação por maioria na Câmara, do projeto de lei, que conforme falou, dá direito do recebimento do piso do magistério a apenas uma parcela dos professores.
“Como vereadores somos ‘engessados’. Não podemos interferir no orçamento da prefeitura, estamos aqui para fazer leis. E infelizmente esse projeto foi aprovado, apesar de posicionamentos contrários, como o meu e de alguns colegas. Quando estávamos em reunião para decidir se íamos levar o projeto a votação, eu pedi para que não fosse, pois não está correto”.
A parlamentar contou que sua sugestão foi para que o piso fosse pago para todos os professores, com aumento de 13%.
“Dessa forma os efetivos estariam ganhando e quem está entrando também. Depois acredito que o Executivo poderia entrar em contato com o sindicato, que é o representante da classe, e negociar novamente. Se pode dar 27% para uma parcela agora, poderia negociar com toda a classe depois”.
Alessandra relatou também que em contrapartida à revisão do projeto, recebeu uma resposta inesperada.
“O que me disseram foi que se eu quisesse aceitar, era esse o projeto. Senão, que me candidatasse a prefeita na próxima eleição porque aí teria o poder de mandar e assinar. É algo muito forte para quem não pode mexer no orçamento e está só como legislador “.
Em função disso, ela mobilizou toda a classe para se movimentar em busca de melhorias.
“É preciso movimento. Se não há negociação, se não abrem espaço para o sindicato, que representa a classe, é preciso que os professores comecem a se movimentar de outra forma, com protestos, por exemplo, mas não anarquia”.
Confirmando seu posicionamento, ela declarou que conversou com Adriana Ribas, presidente do sindicato e firmou o compromisso de abrir espaço na Câmara para que o sindicato possa explicar sobre projetos relativos ao magistério, explicando leis e apresentando dados de estudos, como o apresentado na assembleia.
“Se o Executivo não abre espaço, a Câmara vai abrir , enquanto eu for presidente”, frisou a parlamentar, que encerra o mandato no próximo mês.
Alessandra finalizou elogiando a apresentação do economista.
“O senhor foi muito assertivo em sua explicação. Agora todos sabem que tem direito ao piso de R$ 3.845,00; que pós graduação e tempo de trabalho não estão inclusos e que quando vier o reajuste ano que vem é em cima do piso e para toda classe “.