RIO NEGRINHO. Henrique Souza tem apenas 12 anos mas é bastante assertivo quando o assunto é seu futuro.
“Quero ser um grande campeão, um profissional do tênis”, falou à nossa reportagem aqui do Nossas Notícias.
A declaração é mais do que apenas uma frase ou um sonho de menino. É na verdade, a realidade dele, que há dois anos começou a praticar o esporte e no meio já figura como um jogador em ascenção na região.
E foi com essa determinação que Henrique participa do Campeonato Brasileiro de Tênis, em Salvador (BA) para onde partiu neste sábado (29), com seu pai, Claudinei, que é também um de seus professores e claro, seu grande incentivador. Eles retornam no próximo sábado (05)
“Vou concorrer na categoria 12 anos e meu primeiro objetivo é ser campeão. Senão, quero ser vice ou pelo menos chegar na semifinal”, salientou o jovem, que treina no Rio Negrinho Tênis Clube e na Spin Tênis, em Joinville. No ensino regular ele é aluno da Escola Selma Teixeira Graboski.
Antes dessa etapa, Henrique contou que participou de etapas em Itajaí e Criciúma. Além desse campeonato, ele participou de outras competições regionais, microrregionais e catarinenses.
“Somente neste ano ele participou de 22 competições e ganhou 14 troféus de 1° e 2° lugar, porque nas demais colocações não tem troféu “, explicou seu pai (orgulhoso, claro! Rsrs).
E de onde começou essa paixão pelo tênis?
“Meus dois irmãos eram do motocross e velocross, começaram bem cedo. Um deles, o Juan, machucou o ombro e o fisioterapeuta recomendou que ele fizesse um esporte. Então começou a jogar tênis, eu vi, gostei e comecei a praticar também “, relatou.
Também perguntamos o que fez Henrique se apaixonar pelo tênis a ponto de se dedicar tanto e desejar ser um profissional no esporte. A resposta dele, revelou, mais uma vez, uma personalidade focada (coisas de campeão, né? hehehe).
“Gosto porque o tênis é um esporte de repetição, você não evoluiu de um dia para o outro. É preciso se desafiar para alcançar novas conquistas. Também gosto porque as chances de se machucar são menores do que em um esporte coletivo”.
Questionado sobre como é ser treinado diariamente pelo pai, Henrique disse que é bom mas não menos “puxado”.
“Tem bastante cobrança também, com ele. Já às sextas treino em Joinville, com o professor Breno”.
Para praticar tênis, o garoto falou que existem várias raquetes, que vão de cerca de R$ 199 a R$ 4 mil, por exemplo, no caso das profissionais. Calçado ele falou que pode ser tênis comum, mas claro, existem os profissionais, mais adequados para a prática do esporte.
“Tudo depende do ‘bolso’ de quem pratica. Tem muitas opções”.
O pai com a palavra
“É um privilégio estar com ele nas quadras, ainda mais porque é filho. A cobrança, de minha parte, é sempre um pouco mais severa do que a do professor, mas tudo tem dedicação dele. Ele começou na pandemia, batendo bola, alcançando um bom aproveitamento do dia e hoje já é um tenista bem conhecido nos clubes de Joinville, com um histórico de ser um bom jogador, dedicado, com um bom comportamento de quadra. E assim vai evoluindo a cada treino e a cada jogo. Hoje em dia os competidores são cada vez mais jovens, começam já com 10, 11, 12 anos”.
Claudinei destacou ainda que Henrique participou de várias seleções de nível e atualmente está na categoria B.
“A ‘A’ seria a próxima. Depois a pró, que é a mais elevada”.
Sobre os treinos diários ele frisou que já viraram um hábito.
“Todas as tardes estamos no Tênis Clube, a cada dia buscando sempre o melhor. O esporte, seja qual for, é excelente para todas as pessoas, principalmente para os jovens, pois a prática leva corpo e mente a estar juntos. Fico muito feliz de ver ele crescer neste ambiente e penso ainda em futuramente ministrar aulas de tênis para crianças e adolescentes, é algo muito bom”, disse, acrescentando que quem tiver interesse em saber mais sobre a modalidade pode ir até o RNTC nas tardes de segunda a quinta-feira.
“Para quem quer iniciar o importante é ter raquete na mão, vontade, ir treinando com movimentos repetitivos, frequentando as aulas, participando de jogos… Daí vai curtindo as brincadeiras, criando um ritmo e uma rotina. O tênis um esporte que precisa ter dedicação, como qualquer outro”, finalizou.
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