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Brasil registra uma morte por acidente aéreo a cada 58 horas em 2024

BRASIL. O ano de 2024 será lembrado como um dos mais trágicos para a aviação no Brasil. Até o dia 17 de dezembro, 138 pessoas perderam a vida em acidentes aéreos, segundo dados do Cenipa (Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos). O acidente ocorrido em Gramado (RS) neste domingo (22), que vitimou 10 pessoas, eleva a estimativa para 148 mortes, consolidando o maior número de fatalidades em uma década.

Esse dado alarmante equivale a uma morte por acidente aéreo a cada 58 horas no país, em um levantamento realizado com base nos registros da Força Aérea Brasileira (FAB).

Aumento expressivo em relação a anos anteriores

Comparando com os anos anteriores, o crescimento no número de mortes é notável:

2023: 77 mortes.

2022: 49 mortes.

2017: 104 mortes (segundo maior registro da última década).

Além disso, 2024 marca o retorno de acidentes envolvendo aviões comerciais, algo que não acontecia desde 2007.

Principais ocorrências de 2024

O alto índice de fatalidades foi impulsionado por dois grandes desastres:

1. Acidente em Vinhedo (SP) – agosto de 2024

Um avião da Voepass, com 58 passageiros e quatro tripulantes, caiu na região de Vinhedo, São Paulo. A investigação preliminar aponta uma possível falha no sistema de degelo como fator contribuinte, mas as causas definitivas ainda não foram determinadas.

2. Queda em Gramado (RS) – dezembro de 2024

Uma aeronave de pequeno porte caiu minutos após decolar do aeroporto de Canela, atingindo áreas urbanas de Gramado. O acidente resultou na morte de 10 pessoas, incluindo o empresário Luiz Cláudio Galeazzi e nove de seus familiares.

Histórico de grandes desastres aéreos no Brasil

Tam (2007)

Número de mortos: 199.

Causa: Pouso em Congonhas com pista inadequada e problemas no sistema de frenagem.

Impacto: Mudanças estruturais no aeroporto para prevenir novos acidentes.

Air France (2009)

Número de mortos: 228.

Causa: Falha nos tubos de pitot, levando a confusão dos pilotos e perda de sustentação da aeronave.

Chapecoense (2016)

Número de mortos: 71.

Causa: Falta de combustível durante o voo para a Colômbia.

Sobreviventes: Seis pessoas.

Preocupações e medidas de segurança

Os números de 2024 reacendem debates sobre a segurança aérea no país. Especialistas pedem:

• Reforço na manutenção de aeronaves.

• Treinamento avançado para pilotos, especialmente em situações adversas.

• Investimento em tecnologia e sistemas de prevenção.

Embora o transporte aéreo ainda seja um dos mais seguros em termos proporcionais, os dados deste ano destacam a necessidade de revisões urgentes para evitar tragédias futuras.

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