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Zé Trovão critica PEC do fim da escala 6×1 e defende economia de mercado para proteger o trabalhador

BRASIL. A Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que visa encerrar a escala de trabalho 6×1, substituindo-a por quatro dias de trabalho e três de descanso, alcançou o número necessário de assinaturas para tramitação na Câmara dos Deputados nesta quarta-feira (13). A equipe do Nossas Noticias conversou com o deputado federal Zé Trovão (PL) que se manifestou contra a proposta, chamando-a de “populista” e alertando para possíveis impactos econômicos negativos para empresas e trabalhadores.

Nossas reportagem buscou contato com os 16 parlamentares catarinenses em Brasília, sendo que a medida que os deputados emitirem suas opiniões a respeito do assunto, as mesmas serão publicadas.

Zé Trovão que acredita que a PEC pode “empobrecer o trabalhador” ao exigir que as empresas aumentem o número de funcionários, elevando seus custos operacionais e, assim, repassando esses custos ao consumidor. Além disso, ele afirmou que empresas menores, incapazes de arcar com a mudança, poderiam fechar, diminuindo as oportunidades de emprego e precarizando o mercado de trabalho.

“Essa intervenção estatal excessiva torna o Brasil menos próspero”, disse o deputado, defendendo a redução de impostos e menor intervenção do governo como caminhos para proteger o poder de compra e fortalecer o mercado de trabalho.

O parlamentar defendeu que a colaboração entre empregador e empregado é essencial e que políticas de menos intervenção, como ocorre em alguns países desenvolvidos, poderiam ser um modelo mais eficiente para o Brasil.

“Empregadores e empregados não são inimigos; essa ideia marxista de classes em oposição não se sustenta”, argumentou, reiterando que um mercado autorregulado e saudável é o melhor caminho para garantir a prosperidade econômica de ambas as partes.

Em relação à possibilidade de discutir modelos alternativos, Zé Trovão apontou que o setor produtivo tem suas próprias demandas e que o Legislativo não deve impor modelos centralizados, que, segundo ele, desconsideram a realidade dos diferentes setores.

“O que realmente tira as pessoas da pobreza é o capitalismo saudável numa economia livre, e não populismo e narrativas enganosas”, sugere.

O deputado também abordou a proposta de criação de um grupo de trabalho para discutir a reforma administrativa, destacando apoio de frentes parlamentares e entidades empresariais. Ele espera que a pressão conjunta sobre o presidente da Câmara, Arthur Lira, permita que o grupo seja pautado ainda este ano, visando uma reforma que beneficie a sociedade e otimize o funcionamento do Estado.

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