SANTA CATARINA. Um levantamento divulgado pelo Ministério do Trabalho e Emprego nesta terça-feira (5) revelou que, em 2023, cerca de 40 mil crianças e adolescentes, entre 5 e 17 anos, foram afetados pelo trabalho infantil em Santa Catarina. Entre esses, aproximadamente 19 mil foram submetidos às “piores formas de trabalho infantil”, que envolvem condições severas, como trabalho forçado, exploração sexual e participação em atividades ilícitas.
O estudo, chamado Diagnóstico Ligeiro do Trabalho Infantil – Brasil, por Unidades da Federação, é baseado em dados da Pnad Contínua do IBGE, e acompanha a meta 8.7 da Agenda 2030 da ONU, que busca erradicar todas as formas de trabalho infantil até 2025.
Comparado a 2022, o número de crianças e adolescentes no trabalho infantil no estado caiu 31,8%, passando de 60 mil para 40 mil. Esse percentual coloca Santa Catarina como o terceiro estado que mais reduziu o índice, ficando atrás apenas do Rio Grande do Norte e do Acre.
Santa Catarina ocupa o oitavo lugar no país em relação à proporção de crianças nas “piores formas de trabalho infantil”, com 46,3% do total de vítimas enquadradas nessa categoria de maior risco. Essas situações são particularmente graves por prejudicarem a saúde, o desenvolvimento e a moral dos jovens.
O Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania oferece o Disque 100 para denúncias de casos de trabalho infantil. O serviço está disponível 24 horas, todos os dias, e garante o sigilo das informações.