SANTA CATARINA. Uma mulher foi flagrada pelas câmeras de segurança da Havan, em Joinville, furtando um aspirador robô sem demonstrar. O incidente ocorreu no dia 5 de outubro, mas o vídeo foi compartilhado nas redes sociais da varejista apenas nesta terça-feira (22). As imagens mostram a suspeita carregando o aparelho em uma bolsa, sorrindo diretamente para as câmeras, além de tentar furtar outros itens antes de desistir.
O caso gerou grande repercussão online, com a Havan pedindo aos seguidores que, caso tenham informações sobre a mulher, denunciem através do número 0800 500 5115. “Não podemos aceitar que isso aconteça. Já pensou se fosse na sua casa ou no seu trabalho?”, questionou a empresa na publicação que exibe o rosto da mulher.
A varejista, conhecida por adotar a prática de expor nas redes sociais os rostos de pessoas flagradas furtando em suas lojas, registrou um boletim de ocorrência sobre o caso. Um dos vídeos anteriores da rede chegou a mais de 13 milhões de visualizações, atraindo internautas que acompanham os casos de furtos divulgados pela Havan.
No entanto, a prática de exposição pública gera debates legais. Especialistas apontam que, embora não haja uma norma explícita que proíba a divulgação das imagens, o uso de gravações para fins externos sem autorização formal é um campo ainda nebuloso sob a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD). O advogado e especialista em direito digital Eugênio Corassa explica que a liberdade de expressão, embora importante, não é absoluta e deve ser equilibrada com a responsabilidade de evitar linchamentos virtuais ou danos à honra de pessoas expostas.
A Havan, por sua vez, defende a medida como uma forma de combater o aumento de furtos registrado desde a pandemia, reforçando que todos os casos passam pelo devido processo judicial, mas que a exposição pública visa inibir novos crimes. “A única forma de inibir é a vergonha”, afirmou o dono da empresa, Luciano Hang, em nota oficial.