RIO NEGRINHO. Criado inicialmente para uma única apresentação na Mostra Municipal de Dança, que aconteceu em 27 e 28 de setembro, no Pavilhão dos Imigrantes, o grupo “Turma do Chaves” conquistou espaço e corações.
Composto por 16 membros de uma única família, eles não apenas recriam as cenas engraçadas e memoráveis do famoso programa mexicano, mas também celebram a união familiar através da dança.
Liderados por Adriana Pires, uma entusiasta de musicais, o grupo incorpora o humor e a simplicidade de Chaves em coreografias cheias de vida e significado.
A ideia de reviver a diversão e as lembranças que o seriado proporciona, transformou-se em uma oportunidade de unir diferentes gerações e promover momentos de alegria e conexão, tudo sem o uso de telas.
A seguir, confira um bate-papo da reportagem aqui do Nossas Notícias, com a líder do grupo, que nos contou sobre a origem, desafios e curiosidades da turma.
Nossas Notícias – Como surgiu a ideia de criar um grupo de dança inspirado no Chaves?
Adriana – Foi do desejo de conectar diferentes gerações por meio da nostalgia e das lembranças afetivas que o Chaves traz. Inicialmente, pensamos apenas em fazer algo só para a Mostra, mas a resposta foi tão positiva que decidimos continuar.
Nossas Notícias – Quais são os membros do grupo e como eles se conheceram?
Adriana – Somos 16 pessoas da mesma família. São irmãos, sobrinhos, cunhados, eu e meu esposo; então estamos sempre juntos. Essa união familiar fortaleceu o projeto.
Nossas Notícias – De onde veio a paixão pelo Chaves e como isso se reflete nas coreografias?
Adriana – Sou apaixonada por musicais e, como Chaves é um programa muito querido por todos nós, decidi unir minha paixão com a lembrança divertida e inocente que ele traz. As coreografias refletem os diálogos e as situações clássicas do programa, com toques de humor e muita energia.
Nossas Notícias – Como vocês integram o humor e a narrativa do Chaves nas performances de dança?
Adriana – Incorporamos o humor característico do programa ao focar nas interações cômicas e nas personalidades únicas dos personagens. Usamos diálogos engraçados como base para criar sequências de dança que refletem a essência dos episódios.
Nossas Notícias – Quais são as principais músicas ou temas que vocês utilizam nas apresentações?
Adriana – Usamos trilhas sonoras do próprio seriado e misturamos estilos de dança, como contemporânea, jazz e teatro musical, para dar uma dinâmica diferente, criando uma experiência visualmente atraente.
Nossas Notícias – Vocês já participaram de eventos ou competições? Como o público reage às performances?
Adriana – Até agora, participamos apenas da Mostra de Dança e na Festa à Fantasia do CMEI Vila Nova, mas o público se divertiu bastante! Muitas pessoas sentiram a nostalgia, o que é exatamente o nosso objetivo.
Nossas Notícias – Como funcionam os ensaios? Quantas horas por semana o grupo se reúne?
Adriana – Nos reunimos sempre que podemos. Como somos todos da mesma família, isso facilita bastante. Geralmente, ensaiamos aos fins de semana e nas horas vagas. Os ensaios iniciais começaram na minha casa, na garagem. Depois passamos para um ginásio nos domingos depois do almoço, porém tivemos que finalizar no salão da igreja, porque o horário era livre para ensaios. Com uma data específica, ficou muito difícil, pois todos trabalham e estudam. Quando um podia, outros não conseguiam; foi bem desafiador.
Nossas Notícias – Quais são os maiores desafios ao adaptar cenas e personagens do seriado para a dança?
Adriana – Traduzir as cenas icônicas para movimentos de dança sem perder o humor e a essência dos personagens. Queremos que o público sinta a mesma emoção que sentia ao assistir ao programa.
Nossas Notícias – Como vocês escolhem as cenas e personagens para as coreografias? Há algum personagem que se destaca mais?
Adriana – Escolhemos as mais engraçadas e memoráveis do programa. O Chaves e o Seu Madruga sempre se destacam, por serem os personagens favoritos do público.
Nossas Notícias – Como vocês acreditam que as apresentações do grupo impactam o público?
Adriana – Acredito que nosso grupo desperta um sentimento de nostalgia nas pessoas. Muitos se lembram de sua infância e de como a vida era mais simples, o que traz um sorriso ao rosto de todos.
Nossas Notícias – Vocês têm planos para expandir o grupo ou realizar apresentações em outras cidades?
Adriana – Estamos pensando nisso, sim. Se surgir a oportunidade, com certeza vamos expandir e levar nossa alegria para outras cidades.
Nossas Notícias – O que o Chaves representa para o grupo? Há uma mensagem ou causa que vocês querem promover?
Adriana – Simplicidade e a importância das conexões humanas. Queremos lembrar às pessoas o valor das interações cara a cara e das brincadeiras ao ar livre, algo que, infelizmente, está se perdendo com o tempo.
Nossas Notícias – Existe alguma história curiosa ou engraçada dos bastidores que marcou o grupo?
Adriana – Teve um dia que meu cunhado, ao invés de entregar o buquê de flores, levou um cacho de banana. A gente quase morreu de rir.
Nossas Notícias – Vocês têm algum ritual ou tradição antes de cada apresentação?
Adriana – Sim, antes de cada apresentação, nos reunimos em círculo junto de nossos pais e fazemos uma oração em família. Isso nos dá forças e nos conecta ainda mais.