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Única mulher na competição, Sofia Jayko conta sobre sua estreia no Rally Rio Negrinho


RIO NEGRINHO. Competindo pela categoria Rallly 5 Light, a rio-negrinhense Sofia Jayko participou, pela primeira vez, entre os dias 13 e 15 deste setembro, de uma etapa do Campeonato Brasileiro de Rally, que foi o Rally Rio Negrinho.

O evento, organizado pelo Jeep Clube da cidade, já era acompanhado por ela, que falou ao Nossas Notícias sobre a experiência de, desta vez, estar dentro do carro de corrida.

“Como piloto e navegadora foi a primeira vez, mas o Rally de Rio Negrinho é um evento que já vínhamos acompanhando nos últimos anos. No ano passado, fomos apoiadores oficiais, e neste ano, decidimos fazer algo diferenciado, então nos desafiamos e colocamos um carro em nome da MetaLife para correr”, falou ela, que é diretora da empresa em Rio Negrinho, à reportagem aqui do Nossas Notícias.

Na condição de navegadora, Sofia contou que foi o ‘mapa’ para o piloto Felipe Belenke durante a corrida.

“É o navegador – navegadora (no meu caso) -, a pessoa responsável por ditar todos os detalhes que vem à frente: curva para direita ou esquerda, se a curva é mais aberta ou fechada, se é positiva ou negativa, se tem altos com seus níveis de pico e sem tem salto ou não, ainda se o trecho deve ser atacado pelo meio, pela direita ou esquerda”, detalhou sobre a função.

Ela explicou também que o navegador precisa estar atento ao piso, observando se tem pedras, cascalho, buracos e outros.

“O piloto segue à risca tudo o que o navegador disser e é uma troca constante de informações. É preciso ter uma sintonia muito grande”.

Sobre a participação da Metalife, ela destacou que o grupo é movido a desafios.

“Somos um time e uma empresa que constantemente se coloca à prova. O Rally é um evento maravilhoso, que traz movimentação para o município, cultura e entretenimento para o público, além de contribuir para a nossa Fundação Hospitalar. Nós sempre apoiamos as atividades da cidade, então desta vez decidimos apoiar ativamente colocando mais um carro de Rio Negrinho para correr. Foi uma ação que visou fomentar essa iniciativa e torná-la cada vez maior”, frisou.

Sobre ser a única mulher participando da competição, Sofia lembrou que a edição do ano passado também contou com a navegadora Bruna Giaretta, que correu na categoria Rally 4.

“Embora eu tenha sido a única mulher participante neste 2024, encarei com tranquilidade e fiz o meu trabalho. Mesmo sendo um ambiente dominado por homens, a participação de mulheres não pode soar com estranheza, não se pode criar distinção de qualidade para o trabalho. Fui muito bem acolhida por todos os pilotos, navegadores e pela organização”, enfatizou.

Sofia relatou que o Rally de Rio Negrinho contou com 11 provas especiais, sendo um Street Stage na sexta-feira, que ocorreu no centro da cidade, e 4 trechos cronometrados nas estradas do interior, sendo Pinheirinho e Rio Antinha no sábado, com 3 passagens em cada, e Rio dos Bugres e São Pedro no domingo, com duas passagens em cada.

“Das 11 especiais, não conseguimos completar apenas a especial 7 do Rio Antinha no sábado, pois a estrada estava muito lisa, por isso acabamos derrapando e parando num barranco. O carro apresentou problema mecânico na roda e ficamos parados. Durante a noite, a equipe trabalhou pesado e conseguiu consertá-lo para a largada no domingo. Por conta do mau tempo também no domingo, a especial 10 do Rio dos Bugres foi cancelada e todos os pilotos pularam direto para a última passagem no São Pedro”, lembrou sobre os desafios da prova.

Ela e Felipe concorreram na categoria Rally 5 Light, que é a de entrada no Rally de Velocidade.

“Foi uma experiência enriquecedora! Correr nas estradas da nossa cidade e ver o público vibrando, mesmo com chuva e frio, é incrível! Todo o Rally foi desafiante. Nós estudamos e treinamos com condições de tempo seco, com um tipo de terreno, mas no sábado e domingo tudo mudou e a cada passagem dos carros, o piso ficava cada vez mais embarrado e liso, nos obrigando a refazer as anotações de navegação. Foi uma experiência diferente para todas as duplas, não me lembro de ter outra edição com tanta chuva e barro”.

A navegadora ressaltou que o Rally Rio Negrinho, além de trazer esporte, cultura, e positividade econômica para o comércio, tem uma extrema importância para o hospital local.

“A competição é realizada por pessoas que se comprometem por meses e sem ganho monetário algum. É uma das etapas do Campeonato Brasileiro de Velocidade mais bem vistas e prestigiadas. Então, nós, da MetaLife, como empresa rio-negrinhense, abraçamos o evento e nos dedicamos para que ele cresça cada vez mais”, encerrou.

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