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Justiça de Pernambuco decreta prisão de Gusttavo Lima em operação que investiga lavagem de dinheiro e jogos ilegais

País. O Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) determinou, nesta segunda-feira (23), a prisão preventiva do cantor Gusttavo Lima, no desdobramento da Operação Integration.

A ação, que investiga um suposto esquema de lavagem de dinheiro ligado a jogos ilegais, também resultou na prisão de figuras públicas, como a influenciadora digital Deolane Bezerra.
A juíza Andrea Calado da Cruz, da 12ª Vara Criminal do Recife, afirmou em sua decisão que a prisão do cantor foi decretada devido à “conivência” de Gusttavo Lima, cujo nome verdadeiro é Nivaldo Batista Lima, com indivíduos foragidos da justiça. Segundo a magistrada, essa conivência compromete a integridade do processo e favorece a impunidade.

O mandado de prisão foi expedido após o Ministério Público de Pernambuco ter devolvido o inquérito à Polícia Civil, solicitando novas diligências. O MP também sugeriu que outras medidas cautelares fossem avaliadas, como o monitoramento eletrônico. No entanto, a juíza decidiu pela prisão preventiva, afirmando que não havia medidas menos severas capazes de garantir a ordem pública no caso.


Gusttavo Lima já havia sido envolvido na investigação no início de setembro, quando uma aeronave de sua empresa, a Balada Eventos e Produções, foi apreendida pela Polícia Civil de São Paulo. O avião, modelo Cessna Aircraft, foi interceptado durante uma manutenção no aeroporto de Jundiaí, no interior paulista, e estava sendo negociado com outra empresa, a J.M.J

Apesar da alegação do cantor de que a aeronave havia sido vendida no ano anterior, a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) confirmou que o registro do avião ainda estava no nome da empresa de Gusttavo Lima. A aeronave tem capacidade para 11 pessoas e foi fabricada em 2008. Não possuía licença para operação de táxi aéreo.

Após a apreensão, o cantor usou suas redes sociais para se defender e negar qualquer envolvimento com as atividades investigadas pela Operação Integration. Em uma publicação, ele declarou: “Estão dizendo aí que o meu avião foi preso. Eu não tenho nada a ver com isso, me tira fora dessa história. Esse avião foi vendido no ano passado. Honra e honestidade sempre foram meus pilares e isso não está à venda”.
O advogado de Gusttavo Lima também sustentou que o cantor não teria participação nas atividades ilícitas investigadas e que a apreensão do avião teria sido apenas um erro técnico relacionado à venda da aeronave.

Deflagrada em 4 de setembro, a Operação Integration é uma ação conjunta das polícias civis de Pernambuco e São Paulo, e investiga um amplo esquema de lavagem de dinheiro ligado ao mundo dos jogos ilegais. Além de Gusttavo Lima e Deolane Bezerra, outras figuras conhecidas estão sendo investigadas.

A Polícia Civil acredita que o esquema envolve a movimentação de grandes quantias de dinheiro através de empresas de fachada e contas bancárias de terceiros. Os valores desviados são provenientes, em sua maioria, de atividades ilegais relacionadas a cassinos clandestinos e apostas online. Até o momento, a operação já prendeu vários suspeitos e apreendeu bens de luxo, incluindo carros, imóveis e aeronaves.

O caso segue sob investigação e novas diligências estão sendo realizadas para apurar o grau de envolvimento dos investigados. A prisão de Gusttavo Lima coloca o cantor no centro das atenções, dado seu enorme destaque na música sertaneja e o sucesso de sua carreira artística.

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