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Greve dos funcionários da Celesc: região tem duas agências fechadas e uma com atendimento normal nesta segunda

Foto: Katia de Oliveira/Nossas Notícias


REGIÃO. Trabalhadores da Celesc iniciaram hoje (12), uma paralização por tempo indeterminado. A medida se dá pela falta de um consenso entre a classe e a companhia, envolvendo o Acordo Coletivo de Participação nos Lucros e Resultados 2024. A paralisação acontece em todo estado, com cerca de 60% de adesão dos colaboradores, conforme a Celesc.

Na região, as agências de Rio Negrinho e São Bento do Sul estão fechadas. Em Campo Alegre, o atendimento, que acontece somente pela manhã, ocorreu normalmente hoje, conforme Carlos Becker Júnior, gerente da Celesc.

Como ficam os atendimentos de forma geral?

Segundo informado pela própria companhia, a população pode acessar mais de 20 serviços da empresa sem sair de casa. A 2ª via da fatura pode ser solicitada pelo WhatsApp (48) 99860-0067, no Aplicativo ou Agência Web, onde também podem ser informados falta de energia, pedidos de ligações novas, troca de titularidade e outros 20 serviços.

Já pelo 0800 048 0120 podem ser solicitados serviços e esclarecidas dúvidas 24 horas por dia, sete dias por semana. Quem precisar de atendimento emergencial, pode entrar em contato pelo 0800 048 0196 (ligação gratuita). Pelo site www.celesc.com.br também é possível obter mais informações sobre outros serviços.

O que dizem os trabalhadores e a Celesc

• Nota da Intercel

“A Intercel, coletivo dos sindicatos que representam os(as) trabalhadores(as) da Celesc, vem a público comunicar a população catarinense que a categoria está em greve por tempo indeterminado desde às 06h desta segunda-feira.

Neste cenário, os(as) trabalhadores(as) da Celesc, que tem se dedicado a garantir o atendimento à população ainda têm sido atacados pela diretoria. Não há valorização dos celesquianos(as) enquanto responsáveis pelos bons números técnicos e financeiros da empresa.

Mesmo com uma proposta encaminhada pela Intercel em dezembro de 2023 para o Acordo Coletivo de Participação nos Lucros e Resultados 2024 dos celesquianos(as), a diretoria não formalizou contraproposta, apostando em uma tentativa de divisão e enfraquecimento dos trabalhadores.

A negligência beira a irresponsabilidade com a gestão do patrimônio público, uma vez que a PLR é calculada através do resultado de um Contrato de Gestão e Resultados, aprovado ainda no fim do último ano. Passados oito meses, as metas já estão sendo apuradas e mesmo assim, a diretoria ainda não definiu o Acordo dos(as) trabalhadores(as).

O motivo da greve é a postura negligente da direção da empresa tanto na negociação de direitos dos(as) trabalhadores(as) quanto na gestão . Atuando com uma lógica privada, a diretoria tem precarizado condições de trabalho, o que impacta diretamente no serviço prestado à população.

Apesar de todos os esforços da categoria em manter um atendimento de qualidade ao povo catarinense, essa gestão, além de não recompor o quadro de pessoal próprio e aumentar a terceirização, ainda implementou um sistema comercial que segue trazendo transtornos, decisões que levam os(as) trabalhadores(as) a situações inseguras tanto física quanto mentais, prejudicando a população como um todo.

Deste modo, resta aos(as) empregados(as) a mobilização em defesa de seus direitos. Os(as) trabalhadores(as) pedem apoio à sociedade para que seus direitos sejam respeitados, garantindo condições para que o serviço de qualidade prestado pelos(as) celesquianos(as) continue a ser realizado.

Durante a greve, os serviços essenciais serão mantidos de forma voluntária pelos(as) trabalhadores(as), reforçando o compromisso com a população.

Os sindicatos reafirmam a necessidade de avanços nas negociações dos acordos coletivos e da mudança de postura da diretoria da Celesc, para que os(as) trabalhadores(as) sejam valorizados(as) e continuem a atender o Estado de Santa Catarina com responsabilidade e qualidade, promovendo o desenvolvimento social e econômico do nosso Estado”.

O que diz a Celesc

“A Celesc informa que, com o objetivo de estimular o diálogo e o aperfeiçoamento dos critérios da Participação nos Lucros e Resultados, a diretoria da companhia apresentou aos sindicatos de classe uma sugestão inicial de metodologia para a distribuição da PLR, visando estimular ainda mais o engajamento e a satisfação de todos os empregados.

A companhia informa que em 02 de agosto, encaminhou convite a todos os sindicatos para discussão de uma nova metodologia de distribuição da PLR, com reunião para o dia 06 de agosto.

Contudo, ainda no dia seguinte, já foi anunciado pelo grupo sindical da Intercel (que representa uma parte dos empregados – incluindo atendentes comerciais e eletricistas) uma greve por tempo indeterminado, sem antes dialogar com a empresa.

No dia 6 houve o encontro inicial, porém, a Intercel saiu da reunião sem discutir a pauta de forma conjunta. No outro dia, foram feitas reuniões separadas com os dois grupos sindicais, sendo que a Intercel manifestou que não aceitaria qualquer proposta de modificação na forma de distribuição da PLR, porém o grupo formado pela Intersindical (Sindicato dos Engenheiros, dos Técnicos Industriais, dos Economistas, dos Químicos, dos Contabilistas e dos Advogados) manifestou interesse em continuar as discussões e não entrou em greve.

Na continuação das tratativas, na última sexta-feira (09), foi enviada uma proposta formal buscando avançar nas negociações da PLR, com convite para reunião na próxima terça-feira (13).

Nesta proposta fica assegurada uma parcela mínima de R$ 4 mil para cada empregado da Celesc, independentemente da sua categoria, incluindo atendentes comerciais e eletricistas, parcela a ser paga no mês de outubro deste ano.

A Celesc acredita que um diálogo positivo e aberto, certamente contribuirá para um resultado que atenda o melhor interesse de todos os celesquianos. A empresa mantém o firme propósito do pagamento da PLR 2024, com valores nos mesmos patamares de 2023, podendo atingir até R$ 56 milhões, com base no atingimento de todas as metas convencionadas.

A companhia informa que a paralisação entre sua força de trabalho não é integral e, infelizmente, atinge principalmente as posições de atendimento ao consumidor.

Reforça ainda o desejo de que, com a manutenção do diálogo franco, esta situação seja superada em breve a fim de que a Celesc continue a fazer o que sempre fez: atender bem a todos os catarinenses”.

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