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Rio Negrinho: pai fala sobre últimos momentos do pequeno João Gabriel, falecido nesta segunda


RIO NEGRINHO. João Vitor Daufembach, pai do pequeno João Gabriel Matias, falecido com apenas um ano e quatro meses nesta segunda-feira (5), na Fundação Hospitalar, conversou com a reportagem aqui do Nossas Notícias sobre as últimas horas do menino. A causa da morte ainda será confirmada em laudo que deve sair nos próximos 30 dias.

Joãozinho, como era conhecido, foi velado na Capela São Gabriel e, posteriormente, seguiu para o Crematório Memorial da Saudade, em Corupá.

Ele era filho de Yngrid e João Vitor e tinha ainda outros dois irmãos.

“Na última semana ele pegou uma virose, e ao melhorar pegou uma forte gripe, mas estava sob medicação, passada pelo pediatra. Porém, na data do seu falecimento, teve uma piora significativa. De tarde começou a ter dificuldades para respirar e então foi levado ao hospital, onde foi constatado que estava com muita água no pulmão. Na retirada dessa água, teve uma parada cardiorrespiratória e veio a óbito”, detalhou Daufembach.

Ele disse que tudo foi muito rápido, mobilizando
grande parte dos funcionários e médicos da Fundação Hospitalar.

“Todos fizeram o seu melhor para tentar reanimá-lo, mas não conseguiram”, lamentou.

João Vitor também falou que o filho foi levado para o Serviço de Verificação de Óbitos (SVO), em Joinville, para exames detalhados.

Conforme o pai, foi feita a coleta de tecidos e análise de partes do corpo. A minuciosa investigação apontará se o motivo foi alguma doença ou se a criança tinha falhas no corpo que acabaram lhe trazendo algum dano.

“Somente o laudo vai apontar a causa da morte, mas acredita-se até o momento que o leite e a água que ele ingeriu durante suas últimas horas de vida tenham ido direto para o pulmão, causando assim essa falta significativa de ar”.

O pai contou ainda que assim como ele, sua esposa está muito abalada e que agora vai se dedicar a cuidar dela.

Ele escreveu uma carta para Joãozinho e o texto foi junto para a cremação.

“Foi endereçada ao Papai do Céu e ao meu anjinho, João Gabriel. Escrevi enquanto estava aguardando seu corpo ser liberado no hospital”.

A mensagem diz:

“Havia um anjinho no céu. Lá ele estava feliz a cantar e dançar. Ao olhar para a terra, viu duas pessoas que se amam. Assim viu uma família mais feliz do mundo e nos escolheu para vir em nosso lar, mesmo que por pouco tempo. Veio e deixou alegria por onde passou. Qual seria o seu plano e o de Deus? Talvez eu leve anos para descobrir, mas sempre vou lembrar dos momentos felizes ao seu lado.

Com amor, papai e mamãe e seus irmãos”.

Agradecimentos

Daufembach finalizou agradecendo as palavras amigas do padre Emerson Guimarães, o apoio dos familiares e amigos e principalmente aos que estiveram presentes com a família desde o nascimento do menino até o seu último dia.

“Esse momento é de muita dor para nós, que cuidávamos dele com muito amor e carinho. Não conseguimos entender ainda o que Deus planejou para nossa família, mas estamos tentando reunir forças para continuar nossas vidas. Gostaria de agradecer ainda aos médicos da Fundação Hospitalar, que fizeram seu máximo para ajudar nosso bebê. A Yngrid não consegue falar ainda, mas estamos unidos como sempre estivemos, apoiando um ao outro. A mamãe cuidou dele com amor e carinho, abria mão de tudo para cuidar do Joãozinho. Essa semana faz dois anos que descobrimos a vinda dele para nossas vidas e nessa mesma semana ele se foi”, encerrou.

À família, nossos profundos sentimentos.

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