RIO NEGRINHO. Nesta semana, o casal Elias e Rosângela, que são pais de cinco filhos, dentre eles Bryan Elias Viana Vieira, de 7 anos, cumpriram uma promessa que haviam feito pouco mais de quatro meses após o nascimento do filho.
O menino, que foi desacreditado pelos médicos e diagnosticado com pouco tempo de vida, graças a Deus se desenvolveu com saúde e fez a doação de seus cabelos para a Rede Feminina de Combate ao Câncer nesta tarde (10).
A reportagem aqui do Nossas Notícias esteve na casa da família, onde realizou uma entrevista especial, que começou com uma pergunta direcionada à Bryan, que falou sobre o que ele achou de ter cortado o cabelo que manteve todos esses anos.
“É legal, gostei”, resumiu, um pouco tímido, sobre a iniciativa solidária que permitirá que pacientes atendidas pela Rede Feminina tenham um conforto a mais durante seus tratamentos.
“Com quatro meses ele foi desenganado pelos médicos, que não deram um por cento de chance de vida pra meu filho”, contou Rosângela.
Ela deu à luz ao menino em Rio Negrinho, mas logo em seguida se mudou para Benedito Novo, também em Santa Catarina.
“Lá o levei três vezes no médico, em Timbó. Falaram duas vezes que ele estava com refluxo e outra que era uma virose”.
Não contentes com os diagnósticos e por acharem estranho o comportamento da criança, a família cobrou mais exames.
“Em uma oportunidade fazia duas semanas que ele não se virava mais na cama”, detalhou a mãe sobre uma das situações pela qual a criança passou.
“Dessa vez ele deu entrada no hospital às 10h e saiu depois das duas da tarde. O médico falou que uma bactéria, que veio pela água, tinha ido para o intestino do Bryan. Mas enquanto eu eu aguardava, escutei o doutor falando que estava chamando uma ambulância e pedindo para arrumar uma UTI para uma criança, para um bebê, e o único bebê que estava lá era o meu filho. Falaram que ele poderia morrer a qualquer momento, a qualquer minuto. Daí o chão da gente caiu”, recordou.
Ainda segundo ela, a médica teria lhe dito que o menino poderia falecer em casa, caso não fosse hospitalizado.
“O sangue dele tinha ‘virado água’, os rins tinham parado… Falaram que só faltava parar o coração … Nunca antes tinha visto um médico chorar, mas naquele dia ele não só chorou, como falou para meu marido se despedir do Bryan”.
O menino foi levado para o Hospital Santo Antônio, em Blumenau, onde ficou internado 14 dias em coma induzido, para que pudesse fazer os exames necessários, bem como para que os rins voltassem a funcionar.
“Isso gerou uma corrente de oração tão grande e, graças a Deus, ele ficou lá e sofreu, mas depois passou”, agradeceu ela.
Rosângela e Elias, que são ainda pais de Gabriel, Tatiana, Brio e Briana, e atualmente residem novamente em Rio Negrinho, explicaram que a ideia da doação dos cabelos de Bryan surgiu como uma promessa para caso ele se salvasse.
“Foi uma promessa para Deus mesmo. A gente passou por poucas e boas, mas ele está aí, graças a Deus, está bem grandão”, declarou ainda ela sobre o filho que atualmente frequenta a Escola Aurora Siqueira Jablonski, no bairro Bela Vista.