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Rio Negrinho: “queremos saber qual a real situação da Fundação Hospitalar”, declara vereadora Flávia Vicente

RIO NEGRINHO. Requerimento assinado pelos vereadores Flávia Vicente (MDB); Ineir Miguel Mittmann, o Kbelo (PSC); Roseli Zipperer do Amaral (PSDB) e Manoel Alves Neto, o Maneco (UB) e que pede uma série de informações referentes à nova administração da Fundação Hospitalar, foi votado e aprovado na Câmara de Vereadores após muita discussão entre os parlamentares, na sessão desta segunda (04).

O documento requer ao interventor da Fundação Hospitalar, o secretário de Saúde, Rafael Schroeder, o fornecimento de documentos e informações como o inventário do patrimônio de bens, conforme item V do artigo 6° do decreto de intervenção número 15.419; um relatório informando as medidas adotadas bem como demonstrativo simplificado da situação financeira do hospital, conforme artigo 8° do decreto número 15.419, assim como cópia do contrato firmado entre a Fundação Hospitalar e o IMAS (Instituto Maria Schmidt), que assumiu os trabalhos em agosto.

Eles também questionam a razão administrativa para transferir o contrato dos funcionários da Fundação Hospitalar para o IMAS, bem como querem saber quanto é o montante da dívida com fornecedores e quais fornecedores têm crédito na Fundação Hospitalar na data a ser respondido o requerimento. No documento, ainda questionam quantos fornecedores tiveram suas cobranças protestadas em cartório e quais os custos adicionais, proveniente das despesas cartoriais.

A primeira vereadora a se pronunciar foi Flávia Vicente, que em sessão anterior, já havia reclamado da falta do relatório. Ela destacou que o requerimento é uma forma de os vereadores cumprirem seu papel de fiscalizadores.

“Só para lembrar a população: no dia 31 de agosto foi feita a intervenção no hospital e uma das cláusulas do decreto tratava da necessidade de se providenciar diagnósticos da situação econômica financeira da instituição, referente ao momento da presente intervenção e entregá-la ao prefeito, Câmara de Vereadores e Ministério Público no prazo de 45 dias”, lembrou.

“Estamos no dia 04 de dezembro, então são praticamente mais de 90 dias e eu modéstia a parte não recebi relatório algum. Acredito que meus colegas também não receberam. Então faremos o nosso papel como vereadores, cobrando esse relatório. Em várias ocasiões ouvimos que a prefeitura falava que os valores recebidos pelo antigo instituto eram suficientes e que por má gestão dos recursos, a administração estava fazendo a intervenção”, citou.

Flávia lembrou que na última semana, foi noticiado que a Fundação Hospitalar acumula hoje 17 títulos protestados em cartório, somando uma dívida de cerca de R$ 31 mil.

“Com esse requerimento queremos saber o que está havendo, o que está acontecendo, o que está faltando. Queremos saber a real situação da nossa Fundação Hospitalar, para que não aconteça de futuramente a entidade fechar as portas, ou algo nesse sentido”, encerrou.

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