RIO NEGRINHO. Seguidor aqui do Nossas Notícias entrou em contato com nossa reportagem para cobrar um posicionamento da Fundação Hospitalar com relação ao não repasse do piso da enfermagem para os profissionais da categoria, mesmo, conforme ele, tendo o Governo Federal já realizado a transferência ao Fundo Nacional de Saúde.
“O governo já fez o repasse, está constando na tabela do Fundo Nacional de Saúde, mas não repassaram para a enfermagem. Só dizem que estão calculando, mas até agora nada. A maioria de outros hospitais e unidades já repassaram aos seus funcionários, mas Rio Negrinho se mantém sem pagar”, reclamou.
O secretário Municipal de Saúde e também interventor da Fundação Hospitalar, Rafael Schroeder, respondeu o questionamento feito pelo Nossas Notícias e explicou que, os repasses para o hospital, continuam sendo feitos.
“A Secretaria fez no mês passado e será feito esse mês, assim que o hospital nos mandar a comprovação do valor”, relatou.
Ele também disse que a pasta teve até esta sexta (20), para corrigir os valores que não estavam condizentes, pois alguns funcionários não concordavam com o montante.
“E, de fato, estavam errados. O hospital está corrigindo isso, estamos fazendo uma força-tarefa para o quanto antes conseguirmos informar corretamente todos os valores”, comentou ainda Schroeder.
O Secretário lembrou que como interventor pegou a transição de hospital, da gestão anterior para essa.
“Não tinham sido lançadas e nem sido feitas as planilhas, mas não podemos ficar achando culpados, temos que resolver. Até porque precisamos lançar corretamente os valores, porque teve alteração de portaria. Primeiro eles reconheciam os valores de alimentação, anuênios e triênios, como salário. Depois veio uma nova portaria pedindo para não considerar isso no piso, então estão sendo feitas essas correções”, detalhou.
Schroeder garantiu que o novo piso não foi pago ainda para evitar o risco de valores precisarem ser devolvidos por parte de um ou mais profissionais.
“A gente está fazendo com segurança, todos receberão os valores devidos, com o ok do Ministério da Saúde. Tem funcionário que ganha mais que o piso e não vai receber, tem funcionário que ganha menos e que vai receber o que é de direito. A gente está trabalhando diariamente em cima disso”, citou.
Segundo Schroeder, houve também uma orientação da Federação dos Hospitais, sugerindo que esses pagamentos sejam feitos em folha complementar de valores.
“Até para prestar conta disso depois. O Tribunal de Contas exige que seja uma folha complementar, isso para as instituições hospitalares, não para a Secretaria de Saúde. A gente está trabalhando nisso, então os funcionários vão receber o valor que consta no FNS”, disse.
Ainda conforme o Secretário, depois que aparece o valor no Fundo Nacional, demora entre cinco a sete dias para o dinheiro realmente cair na conta.
“E ainda depois que cai na conta, precisa abrir uma dotação específica para esse recurso poder ser disponibilizado para o hospital. Depois, o hospital precisa faturar esse valor para nós. Então não é porque está lá no FNS que o dinheiro já está pronto para pagamento, ainda precisa lançar todas as folhas complementares, com todos os direitos dos funcionários”, enfatizou.
“Teve muita discussão, teve muita alteração de portaria nesse período e a gente não quer prejudicar ninguém, temos o intuito de realmente fazer o pagamento devido para todos que precisam e que têm direito”, encerrou, lembrando que antes da alteração de portaria, o hospital pagou R$29.855,62 na folha de agosto desse ano, referente a uma parcela retroativa do piso nacional.