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Rio Negrinho: Escola Marta Tavares homenageada com Sessão Festiva na Câmara de Vereadores

Fotos: assessoria de imprensa Câmara de Rio Negrinho

RIO NEGRINHO. A Escola Estadual Professora Marta Tavares, que no dia 17 completou 90 anos de atividades na cidade, foi homenageada com uma Sessão Festiva na Câmara de Vereadores na noite desta quarta-feira (27).

Martha Marieta Tavares Alves, ou simplesmente professora Marta Tavares, de origem são-bentense, a partir dos 16 anos prestou serviços ao magistério e foi homenageada com a denominação da mais antiga escola em atividade no município, situada no bairro Cruzeiro. 

A Sessão começou com a apresentação da aluna Aline Pscheidt, que declamou a poesia relacionada a escola. Na sequência, o Grupo Folclórico Germânico Marta Tavares deu show de dança nas músicas típicas.

A professora Clecy Linzmeyer, diretora da escola, fez uma explanação de tudo o que foi realizado nas festividades alusivas aos 90 anos, emocionando os presentes, assim como a vereadora Roseli Zipperer do Amaral, ex-professora e ex-diretora da escola.

Também discursaram Cassio Alves, presidente da Câmara; o vereador Manoel Alves e o vice-prefeito, Pablo Ricardo Ribeiro.

Outro espetáculo apresentado foi a performance da equipe de “Líderes de Torcida” , grupo da escola, que mostrou o ritmo das comemorações artísticas.

O evento foi encerrado com a apresentação do Grupo Instrumental Marta Tavares, coordenado pela professora Djeise Pscheidt, que levou alunos e pais de alguns deles para tocarem música de muita qualidade, culminando nos “parabéns” para a instituição aniversariante.

Muitas histórias da escola também foram contadas em vídeos e relatadas nos discursos.

Quem quiser assistir a sessão, poderá buscar pelo site camararn.sc.gov.br e ou pelo link do canal do legislativo rio-negrinhense no YouTube.

Quem foi a professora Marta Tavares

Marta Marieta Tavares Alves nasceu em São Bento do Sul, em 24 de dezembro de 1888, filha de Manoel Gomes Tavares, brasileiro e Martha Richter Tavares, natural da Saxônia, na Alemanha. Seu pai Manoel Gomes Tavares foi prefeito de São Bento do Sul, de 01/01/1903 até 31/12/1914.

Suas duas irmãs, Ceci e Ilsa Thadia, também foram professoras. Delas escreveram Osny Vasconcellos e Alexandre Pfeiffer em “São Bento – Cousas do Nosso Tempo” (1991, 362, 366, 218-220): “Quem da nossa geração, pode negar o valor profissional das educadoras Martha e Ilsa Tavares e sua contribuição na formação moral e intelectual da juventude são-bentense, na época? Educadoras natas, trouxeram do berço as qualidades que revelavam no desempenho do sacerdócio. Eram ambas filhas de Manoel Gomes Tavares, varão ilustre, originário de um dos troncos vicentinos do litoral norte-catarinense e que estabeleceu-se na novel colônia serrana, à qual trouxe, com sua presença marcante, as primeiras manifestações de brasilidade”.

Até seus 14 anos Martinha (como era mais conhecida) estudou na escola Alemã, indo após para Curitiba (PR), onde cursou a Escola Normal, terminando seus estudos em 1908.
Em 1910 foi nomeada para reger a escola pública no município de Lapa (PR).

Em 1911 foi, a pedido, removida para Fragosos, município de Rio Negro(PR).
Em 1912 tendo vagado a escola pública de São Bento, foi para lá nomeada. Exerceu este cargo até 15 de agosto de 1918, data em que passou a dirigir o Grupo Escolar “Professor Orestes Guimarães”, então Escolas Reunidas São Bento.

Casou-se com Francisco Theotônio Alves, funcionário estadual, em 24 de junho de 1918, acompanhando-o em suas remoções.
Em 1919 foi, a pedido, removida para Porto União, onde foi diretora das, então “Escolas Reunidas”, até 1921. Nesse ano foi removida para São Francisco, onde exerceu o cargo de professora do Grupo Escolar “Felipe Schmidt” e Escola Complementar anexa.
Desse grupo foi removida em 1923 para o “Silveira de Souza” em Florianópolis, onde, por algum tempo, exerceu interinamente a direção.

Em 1926 voltou novamente para São Francisco, onde se achava lecionando no Grupo Escolar “Felipe Schmidt”. Aí adoeceu. 

Faleceu aos 15 de abril de 1928 em Joinville, onde fora se tratar e em cujo cemitério municipal jazem seus restos mortais.

Profundamente religiosa, nunca teve filhos e se dedicava à educação e instrução da infância, que amava de todo o seu coração. Ex-alunos seus de São Bento do Sul, que se transferiram para Rio Negrinho, (famílias Zipperer, Jung e Ehrl) querendo prestar uma homenagem à sua professora, pediram ao Governador do Estado, na época Sr. Nereu Ramos, que desse o nome de “MARTA TAVARES” ao Grupo Escolar fundado em Rio Negrinho, em 1933. 

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