21 de setembro é o Dia Mundial de Conscientização sobre a Doença de Alzheimer, transtorno neurodegenerativo progressivo e fatal, que se manifesta pela deterioração cognitiva e da memória, comprometimento progressivo das atividades de vida diária e uma variedade de sintomas neuropsiquiátricos e de alterações comportamentais.
Nesse ano a campanha traz o tema: “Nunca é cedo demais e nunca é tarde demais”. O objetivo principal é combater dois mitos que são muito relacionados a doença de Alzheimer, sendo o primeiro deles sobre ser cedo demais para tratar a doença.
E para reforçar a iniciativa, quem conversou com a reportagem aqui do Nossas Notícias foi a doutora Gabriela Costa Lima, geriatra e paliativista que atende em São Bento do Sul e região.
“Geralmente quando a doença está numa fase muito leve, inicial, mesmo quando a família consegue perceber alguns ‘vacilos’ do paciente, acredita que é normal da idade e acaba não buscando um atendimento precoce. Muitas vezes isso acontece na fase de comprometimento cognitivo leve, onde é possível a gente reverter completamente o quadro e ganhar muito tempo, em termos de qualidade de vida do paciente, quando ainda a doença de Alzheimer ainda não se instalou de forma efetiva”.
O segundo mito, conforme ela, está relacionado quando as pessoas acham que é tarde demais para o tratamento.
“Nas fases mais avançadas, quando o paciente fica dependente de cuidados e não reconhece mais nem as pessoas próximas, existe um mito popular de que não tem mais o que fazer. Isso também não é verdade e geralmente nessa fase, o doente com alzheimer inspira muitos cuidados especiais”, aponta.
Ela enfatizou que são necessários cuidados de equipes multiprofissionais para evitar agravos e complicações relacionados a doença, incluindo lesões de pele por pressão, pneumonias bronco-aspirativas, contraturas musculares, dores crônicas no corpo e principalmente infecções que são as principais causas de morte em idosos com Alzheimer.
“Esse é o objetivo da campanha desse ano, mostrar que nunca é cedo demais e nunca é tarde demais para pensar, tratar e buscar auxílio quando o tema é Doença de Alzheimer”, encerrou.
Em Rio Negrinho e região
Em Rio Negrinho, a médica participa do Grupo de Familiares e Cuidadores de Pessoas com Alzheimer.
O grupo tem 94 pessoas da região, que se reúnem virtualmente, via WhatsApp e também em encontros presenciais, onde são compartilhadas experiências e orientações.
Todo trabalho é voluntário e não é preciso pagar nada para participar. Mais informações pelo WhatsApp 47 99151-7734.