RIO NEGRINHO. Através de um decreto, a prefeitura interviu na administração do hospital na manhã de hoje (31). A reportagem aqui do Nossas Notícias conversou com o presidente da Fundação Hospitalar, Antônio de Oliveira Gomes Filho. A reportagem tentou conversar com a prefeitura, mas não obteve nenhum retorno até esse momento.
Ele contou que acompanhados da Polícia Militar, o prefeito Caio Treml; o Secretário de Saúde, Rafael Schroeder e equipe da administração, compareceram no hospital e apresentaram um decreto determinando a intervenção por um período de 180 dias, podendo ser prorrogado.
“Eles alegaram o fechamento da UTI, que é de utilidade pública. Também garantiram que assumindo a direção, a UTI não vai fechar. Se eles conseguirem verba para isso, o assunto está resolvido e não tem motivo para a intervenção continuar e a diretoria poderá voltar, sendo a atual ou uma nova diretoria, eleita pelo conselho”, falou.
Ainda segundo Gomes, uma reunião deverá ser realizada para tratar do assunto, ele contudo reafirmou que o mais importante era o não fechamento da UTI. “Tentamos mas não conseguimos porque não recebemos os recursos nem da prefeitura, nem estaduais e nem federais, verbas que eram de nosso direito”, cita ainda o presidente.
“Eram valores de reajuste do convênio da prefeitura, além disso, o governo federal não ajustou o teto, que é o dobro do valor que recebemos, era de cerca de R$ 180 mil e deveria passar para quase R$ 400 mil, e o estadual era o convênio para manutenção da UTI ou através da mudança de porte que era o que já tínhamos direito”, detalha.
“Fizemos o que eles pediram e não ajustaram, da prefeitura era ajustar o valor do contrato da urgência e emergência, recebemos R$ 714 mil e precisávamos receber R$ 950 mil. Já tínhamos uma defasagem e colocamos serviços a mais e não foi ajustado, que era do laboratório no hospital, biomédico direto no hospital, tomografia, exames no pronto socorro, raio x digital, enfermeiro atendendo na triagem”, cita ainda o presidente. “Além de uma diferença histórica que já existia”, completa.
Segundo Gomes o interventor é o secretário de Saúde e com o decreto deixa a unidade de saúde a diretoria e o Instituto Santé. “Vamos ficar fora enquanto existir o decreto a eleição para uma nova diretoria está suspensa”, afirma.