ESTADO. Juliano Froehner, Secretário de Articulação Internacional, acompanhou de perto a inauguração da primeira fábrica da multinacional norte-americana dōTERRA no Brasil. O evento aconteceu na sede da empresa, no Perini Business Park, na segunda-feira (21) e conforme a SAI, foi um momento de orgulho para o estado, que foi escolhido por motivos estratégicos para receber essa unidade.
A localização privilegiada, os incentivos fiscais, a mão de obra qualificada e o ecossistema industrial foram os fatores que levaram a multinacional líder em óleos essenciais a escolher SC. A cerimônia de inauguração contou com a presença de autoridades estaduais e executivos da empresa.
Pelas projeções da própria dōTERRA, a unidade brasileira terá capacidade para atender o mercado somente até os próximos sete anos. Depois, deverá fazer uma expansão para produzir mais.
Juliano Froehner, aproveitou para falar com o presidente da companhia, Paulo Bangerter e com o diretor geral da empresa no Brasil, Helton Vecchi. Ele disse que Santa Catarina tem interesse em sediar as próximas expansões da dōTERRA. O secretário deverá visitar a matriz da empresa, em Utah, nos EUA, ainda este ano.
Um investimento de R$ 50 milhões foi realizado para a construção da fábrica, fortalecendo a economia local, e funcionando também como um hub de exportação para a América Latina e outras partes do mundo.
A dōTERRA é líder global em óleos essenciais e produtora de cosméticos e a fábrica em Joinville é sua terceira unidade mundial.
O investimento na unidade joinvilense gerou 50 postos de trabalho diretos e uma produção de 2 milhões de frascos de óleos por mês, que serão vendidos no Brasil. A meta é também exportar a partir dessa unidade. A nova fábrica conta com tecnologias 4.0, equipamentos de última geração e design moderno, adequados à produção de itens voltados ao bem-estar.
Paulo Bangerter, revelou no evento de inauguração que uma visita dele à Joinville, em 1977, acompanhado do pai, também influenciou na escolha da cidade para sediar a unidade. Contou que o pai, americano que trabalhava no país, gostava de Joinville e trouxe o filho para uma viagem à cidade, que também o encantou.
“Em 2012, quando eu comecei a trabalhar na doTerra com projetos estratégicos, foi dito para mim que entraríamos no Brasil. Eu estava gerenciando o crescimento internacional da doTerra e falei: o Brasil é um país especial. Nós vamos entrar no país apenas no momento em que tivermos a convicção de que vamos fabricar lá”.
Naquela época, a doTerra global não era uma empresa muito grande e sua receita global era de US$ 100 milhões. Hoje, ela está faturando cerca de US$ 3 bilhões.
“É uma satisfação dizer que a doTerra do Brasil, hoje, é maior do que era a doTerra Global em 2012”, afirmou.
O evento de inauguração contou com as participações de autoridades como o prefeito de Joinville, Adriano Silva e o presidente do Departamento Estadual de Trânsito (Detran) Kennedy Nunes, que representou o governador Jorginho Mello. Também participaram o senador Esperidião Amin, os deputados estaduais Maurício Peixer e Matheus Cadorin, o diretor de Operações da doTerra, Vinícius Santiago, além de vereadores e outras autoridades. A abertura teve apresentação da Orquestra de Câmara do Musicarium de Joinville, com regência do maestro Sérgio Ogawa.
Fundada há 15 anos em Pleasant Grove, estado de Utah, nos Estados Unidos, a doTerra está no Brasil desde 2018. Desde que entrou no país, tem crescido acima da média projetada, destaca Vecchi.
“Nós temos cinco anos de Brasil. Temos crescido de uma maneira muito mais forte do que imaginávamos. No quarto ano, atingimos nosso primeiro R$ 1 bilhão. Agora, queremos atingir nosso primeiro bilhão de dólares, isto é, R$ 5 bilhões. Pretendemos alcançar isso nos próximos três anos, em 2026. E depois, queremos dobrar de novo. Até 2030, queremos alcançar o segundo bilhão de dólares”, destacou.
Em 2022, o mercado brasileiro foi o quinto maior da empresa no mundo. Primeiro os Estados Unidos, depois China, Japão, Taiwan e Brasil. No primeiro semestre, o país passou o Japão e Taiwan, se tornando o terceiro maior mercado do mundo para a multinacional, que tem, também, fábricas na sede, em Utah, e na Irlanda.
Desde que chegou no Brasil, a empresa utiliza portos catarinenses para suas importações e também exportações. Como não tinha fábrica no Brasil, conta com terceirizados que fazem produção de óleos. A doTerra exporta óleo de cítricos produzido na Região Sul e outros feitos de matérias-primas de outras regiões do país.
A estratégia de comercialização ao consumidor é diferente. A dōTERRA tem consultoras para informar sobre os produtos nas suas áreas de influência, mas a venda é feita virtualmente pela fábrica. Na hora da compra, o consumidor informa o nome da consultora que o atendeu e essa recebe um percentual do valor adquirido.
Entre os óleos essenciais feitos com matérias primas brasileiras estão os cítricos, a partir de frutas da Região Sul, e o óleo da copaíba, extraído dessa planta na Amazônia. O plano é produzir mais óleos com produtos do Brasil, destacou Bangerter.
Via: SAI e NSC