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Rio Negrinho: “golpes praticados pela internet continuam fazendo muitas vítimas na cidade”, alerta delegado

Em 2022, os golpes on-line causaram um prejuízo de cerca R$ 551 milhões à vítimas de todo país. A cada hora, foram mapeadas, em média, 17 tentativas de fraude envolvendo os dispositivos eletrônicos, como celulares ou computadores.

Os dados fazem parte de um mapeamento realizado pela plataforma de compra e venda online OLX e pela AllowMe, ferramenta de prevenção à fraude e proteção de identidades digitais.

Dadas as proporções, em Rio Negrinho o cenário não é diferente, conforme o delegado Rubens Passos de Freitas, que conversou com a reportagem aqui do Nossas Notícias.

“São muitas as vítimas que procuram a delegacia”, comentou.

Além dos golpes, neste ano, foram instauradas 72 inquéritos policiais, 34 medidas protetivas, 26 Termos Circunstanciados e 21 atos infracionais, que são os que envolvem adolescentes.

“De forma geral, esses dados demonstram que os números se mantiveram parecidos com os do ano passado, tendo um aumento expressivo nos casos de estelionato, que são esses golpes aplicados pela internet”, reforçou.

Além desses atendimentos, neste mês foram registrados vários outros no novo posto de atendimento na delegacia para CNH, através de uma parceria com a prefeitura e o DETRAN.

“Em junho foram 144 CNHs entregues. Destas, 86 foram feitas presencialmente; 112 habilitadas via internet e 110 ficaram disponíveis para retirada”, concluiu.

Conheça alguns dos principais golpes aplicados na internet:

• Golpes do WhatsApp

WhatsApp é um dos alvos preferidos dos cibercriminosos. As fraudes mais conhecidas envolvendo esse aplicativo são a clonagem e o novo número. 

A clonagem pode ser feita de várias formas e uma delas é quando o golpista tem acesso ao código de 6 dígitos enviado à vítima por mensagem de texto. Para conseguir o número, ele pode se passar por atendente de suporte técnico ou até mesmo de setores de cobranças.

Outra maneira é enviando links maliciosos e contendo vírus em mensagens com promoções, que levam a pessoa até páginas falsas que solicitam informações através do preenchimento de formulários.

Já o golpe do novo número ocorre quando o cibercriminoso já está com os números da sua agenda telefônica. Ele então cria uma nova conta no WhatsApp, se apropria da sua foto e envia mensagens pedindo dinheiro para os contatos, dizendo que está com um novo número. 

• Golpe do marketing multinível

Outro golpe que está circulando na internet é o do marketing multinível ou pirâmides financeiras. Nele, a vítima é abordada nas redes sociais ou pelo próprio WhatsApp com uma proposta tentadora: depositar um valor para receber o dobro ou até mais.

Inicialmente, a pessoa enganada chega a receber alguns valores e acaba ficando estimulada a fazer novos depósitos. A vítima pode, inclusive, convidar amigos e familiares e ser recompensada pelas novas indicações.

O que acontece é que com o passar do tempo, são exigidos valores mais altos para depósito e o pagamento deixa de ser feito à vítima e os golpistas simplesmente somem. 

• Golpe da vaga de emprego

Vários criminosos estão usando o nome de grandes multinacionais, como a Amazon e o Google, para roubar dados e dinheiro das vítimas. Uma pesquisa divulgada no G1 apontou que entre setembro de 2021 e fevereiro de 2022 foram registradas mais de 600 mil tentativas deste crime. 

O golpe da vaga de emprego funciona da seguinte forma: os golpistas atraem pessoas em busca de emprego por meio de anúncios na internet, mensagens via SMS, WhatsApp e até ligações. 

Porém, para prosseguir no processo seletivo ou ser contratado, é exigido algum tipo de pagamento. A vítima, na esperança de ser contratada, envia o valor e o suposto recrutador some. 

Uma curiosidade desse tipo de golpe é o fato dos criminosos recrutarem pessoas para divulgarem as vagas, via redes sociais e WhatsApp, semelhante à fraude anterior, do marketing multinível. 

• Golpe do falso boleto

Como o próprio nome diz, no golpe do falso boleto, um cibercriminoso envia um boleto fraudulento à vítima por e-mail e até via carta física.

O boleto costuma vir com uma cobrança urgente e indicando que, caso o pagamento não seja efetuado, a vítima pode ter o nome sujo na praça ou até contas bloqueadas. 

Aparentemente, o documento parece ser legítimo, no entanto, quando observados alguns detalhes, é possível notar que o boleto é falso, como código de barras e logotipo da empresa falhado e beneficiário de nome desconhecido. 

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