BRASIL. Duas mulheres da região metropolitana de Porto Alegre foram alvos de operação da Polícia Civil que investiga abuso e exploração sexual de crianças nesta quarta-feira (14). Conforme as investigações, elas negociavam com o empresário através do aplicativo de mensagens WhatsApp, onde havia uma espécie de “cardápio” e preços que eram pagos através de Pix.
O abusador oferecia depósito imediato, como forma de demonstrar a real intenção de praticar os atos criminosos. Em seguida, eles faziam as combinações, remetendo a tabela de valores a serem pagos por ele para as práticas sexuais. Segundo as apurações, após a combinação de preços o criminoso e as genitoras marcavam encontros em locais reservados, como em hotéis ou em uma de suas residências em Imbé, no Litoral Norte.
Uma digital influencer de 26 anos, moradora de Cachoeirinha foi presa na ação desta quarta-feira. Segundo apurado pela 1ª Delegacia da Criança e do Adolescente (1ª DPCA), a genitora teria submetido a filha de sete anos aos crimes sexuais praticados pelo abusador.
As vítimas foram encaminhadas pelo Conselho Tutelar para perícia psíquica e verificação de violência sexual no Centro de Referência em Atendimento Infanto-Juvenil (CRAI), que integra o Instituto-Geral de Perícias. Conforme o Deca, as filhas da suspeita de 23 anos foram encaminhadas ao Abrigo, sob orientação do juízado.
“Observou-se a total falta de pudor e discernimento dos investigados, bem como de zelo e proteção, inerentes ao dever materno, das investigadas em relação às filhas, tratando-as como mercadorias e submetendo-as a favores sexuais, condutas, portanto, revestidas de gravidade”, afirma a a delegada Camila Franco Defaveri, da 1ª DPCA, responsável pelas investigações.
O empresário foi preso no mês passado por suspeita de envolvimento no abuso sexual de três irmãs, com idades entre 8 e 12 anos na cidade onde ele tem residências no litoral.
Via: Jornal NH