RIO NEGRINHO. Um grupo de pais de alunos do turno vespertino da Escola Municipal Aurora Siqueira Jablonski contratou a Plena, empresa especializada em segurança, que desde a quinta-feira (06), disponibilizou um de seus profissionais para ficar na instituição, das 12h30 às 17h30.
A iniciativa aconteceu em virtude do ataque à uma creche de Blumenau, na quarta-feira (05), que resultou em quatro crianças mortas e cinco feridas. O autor se entregou a polícia e permanece preso.
Há relatos de que outros grupos de pais, de alunos de outras escolas de Rio Negrinho, tomaram a mesma iniciativa. Porém, o grupo desta matéria foi o primeiro que com quem conseguimos informações.
À reportagem aqui do Nossas Notícias, uma das responsáveis pela iniciativa explicou que o grupo sabe que a prefeitura contratou o serviço de ronda escolar e que está em processo de licitação para a contratação de seguranças fixos para as escolas.
“Sabemos que essas questões de licitação às vezes podem demorar e por isso decidimos nos reunir e pagar, nós mesmos, um segurança fixo na escola, até que a prefeitura faça a contratação desses profissionais. Por isso, escolhemos pagar a empresa de forma semanal e quem puder, pode contribuir na divisão do valor. Quanto maior o número de pais, mais acessível fica o valor para cada um”.
Ela relatou que o segurança está sendo pago para atender a toda escola, incluindo todos os alunos, professores, diretores e demais colaboradores.
“A ideia de divulgar essa iniciativa é mostrar que esse tipo de ação é possível e pode ser adotada por outros pais. Inclusive antes de fazermos a contratação conversamos com a diretora, para verificar se não havia algum impedimento, o que não existe”.
A mãe falou também que a ideia surgiu a partir de sua própria angústia, da angústia de seu filho e de todas as pessoas de forma geral.
“Meu filho contou que pesquisou e encontrou na internet orientações sobre o que fazer em caso de massacre e os pontos estratégicos de fuga. Isso me deixou bastante surpresa, pois tenho certeza que assim como eu, todos os outros pais também não querem que eles vivam com essa insegurança na hora de ir para a escola. É muito tenso tudo o que está acontecendo. Já na quarta-feira, dia do atentado, quando deixamos nossos filhos na escola, vimos toda uma apreensão e até pressão também sobre os professores e direção. Então pensamos que todos ficaríamos mais tranquilos com a contratação do segurança fixo. A partir daí iniciamos as tratativas e tudo deu certo”.
Ela finalizou frisando a importância da mobilização.
“A segurança dos nossos filhos não tem preço. A gente conseguir trabalhar em paz é algo que faz toda diferença. Já no primeiro dia, meu filho chegou em casa comentando que o segurança estava lá e que conversou com ele. Estava se sentindo muito seguro. Nossos pequenos são nosso bem mais precioso”.
Quem tiver como contribuir com a iniciativa, pode entrar no grupo de whatsapp do turno vespertino da escola, clicando no link abaixo: