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Fisioterapia no pós cirúrgico traz reabilitação física e também emocional à pacientes atendidas na Rede Feminina de Rio Negrinho

Foto: reportagem Nossas Notícias

RIO NEGRINHO. Não somente as homenagens marcam o Dia Internacional da Mulher, ou mesmo o mês dedicado a elas. A data serve também como um momento de reflexão sobre tudo que pode envolver o público feminino e nesse quesito se existe uma entidade que faz esse trabalho diariamente é a Rede Feminina de Combate ao Câncer, através da oferta de vários serviços de saúde e também de apoio emocional para as pacientes da cidade.

Um desses trabalhos voluntários é desenvolvido pela fisioterapeuta Geórgia Murara, que atende voluntariamente na sede da Rede todas as quartas-feiras e nos demais dias em sua clínica no bairro Ceramarte.

“O objetivo é entregar mais conforto, já que as pacientes geralmente ficam com muito medo e insegurança antes e depois de procedimentos cirúrgicos, como os dos casos de câncer de mama”.

A especialista explica que seu trabalho é de reabilitação e de cuidados com as pacientes no pós cirúrgico.

“Muitas chegam aqui muito debilitadas, com receio de realizar de conseguir movimentos, e também com cicatrizes que precisam ser reabilitadas e cuidadas. Esse tipo de caso é tratado por um fisioterapeuta dermato funcional, que busca recuperar a região que foi operada. É preciso entregar para elas um tecido de uma forma funcional, como era antes, reabilitado”, detalha.

Georgia contou que os vários receios também levam algumas pacientes a não evitar fazer movimentos do dia a dia.

“Há também pouca orientação para esse tipo de situação, então o pouco que você pode fazer já é o máximo. Mas no fundo elas acabam mais me ensinando do que aprendendo comigo”, conta a profissional.

Sobre os atendimentos prestados ela se recorda de um no qual a paciente não abraçava o neto há seis meses.

“O que me chamou muita atenção foi esse caso e eu perguntei para a paciente o que ela mais gostaria de fazer, e ela disse que era abraçar neto e ir para a igreja dançar. Eu disse que aos poucos ensinaria, mas que nada naquele momento mesmo a impedia de abraçar o neto”, relembra.

“O medo delas é de não poder se movimentar, mas isso precisa acontecer o quanto antes. Tem pacientes que fiz a avaliação antes da cirurgia, justamente para que elas não tivessem esse medo após o procedimento. Muitas pessoas pensam que quando acaba a cirurgia, tudo acabou, mas daí elas chegam aqui, são acolhidas e percebem que é bem o contrário”, cita ainda a fisioterapeuta.

Na sede da Rede mesmo, nossa reportagem também conversou com uma paciente, que pediu para não ser identificada. Emocionada (e nos emocionando), ela falou sobre a importância desse tipo de atendimento.

“Quando cheguei em casa, no pós cirúrgico, doeu num primeiro momento. Mas poder botar o pé dentro de casa, fez com que eu não sentisse mais dor, não sentisse mais nada, apenas alívio. É aquela esperança que a gente tem! Sinto ainda dores, mas quando saio daqui, alivia. Para mim o trabalho que elas fazem é magnífico, não tem nem palavras, ajuda muito”, conta.

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